30 de junho de 2012

Escolaridade responde por 70% da diferença de salário


de 

RIO - No Brasil, pesquisas apontam que o grau de escolaridade responde por aproximadamente 70% do diferencial total de salários. Professor do Ibre da Fundação Getulio Vargas (FGV), Rodrigo Leandro de Moura é autor de um estudo sobre o quanto a escolaridade influencia nos salários dos setores público e privado.
Segundo ele, com os dados da Pnad 2009, foi possível constatar que no setor público, o profissional que concluiu o ensino superior tem rendimento 20,18% maior do que aquele que só fez o ensino médio. Na iniciativa privada, o rendimento é 16,48% maior. Uma diferença de 3,7%.
— A pesquisa engloba dados de 1992 a 2009 e o setor público, na maioria dos anos, pagou mais para quem tem ensino superior do que o setor privado. Imagino que por conta do Distrito Federal, onde a renda per capita é melhor, onde estão os melhores salários do funcionalismo — explica Moura.
Quando apenas o Rio é analisado, no setor privado, os trabalhadores com ensino superior recebem 15,53% a mais do que os que concluíram só o ensino médio. O funcionalismo público, por sua vez, tem um rendimento 13,37% maior.
Professor de Economia da USP-Ribeirão Preto, Walter Belluzzo é um dos autores de um estudo que separou o ganho dos servidores públicos por esfera de governo. Constatou que as pessoas com mais escolaridade ganham mais se estiverem empregadas na iniciativa privada do que nos governos estaduais e municipais. No entanto, no governo federal, não importa o grau de escolaridade: o trabalhador vai ser melhor remunerado no setor público.
— No geral, o setor público sempre paga a mais, mas também tem algumas distorções. Por exemplo, um professor doutor ganha, em média, R$ 7,5 mil numa universidade pública. Um técnico começa na mesma instituição ganhando R$ 5,5 mil. Com o passar dos anos, ele pode vir a ganhar mais do que o professor, ainda que o professor receba mais na instituição pública do que na privada — diz Belluzzo.
Há 20 anos dando aulas, a pernambucana Maria do Carmo Freire de Alencar leciona em uma escola municipal e em outra particular, em Jaboatão dos Guararapes. Seu contracheque marca R$2,6 mil na pública e R$900 na privada, valores que comprovam o que o Censo 2010 aponta: mesmo professores ganham mais no setor público.
— Hoje quem ensina em escola do governo conta com piso de R$1.451, enquanto na particular é de apenas R$630, um pouquinho mais que o salário mínimo — diz Maria do Carmo, lembrando que o piso do governo implica em 180 horas/ aula por mês, enquanto na particular essa obrigação é de 105 horas/mês: — Na prática, como na particular não temos hora reservada para planejamento, preparação de provas e correção , não trabalhamos só 105 horas/mês e não recebemos por isso.
Pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Fernando Matos reconhece que o setor privado paga mal no Brasil:
— É um setor grande, heterogêneo, que, em 2005, englobava 89% da população empregada. Esses funcionários, por conta da alta rotatividade não têm muito poder de barganha. Agora, o setor público não paga melhor porque tem menos gente. A média salarial é maior porque inclui desde as pessoas menos escolarizadas até aquelas que trabalham, por exemplo, no Judiciário, na PF e nas embaixadas. (Com Letícia Lins)

Viva Vlado! - Zuenir Ventura


de 

Nesta semana em que Vladimir Herzog faria 75 anos, participei de uma homenagem a ele no Midrash Centro Cultural. A data coincide com uma nova tentativa da família de fazer cumprir uma sentença de 1978, quando o juiz Márcio José de Moraes determinou a apuração das circunstâncias em que o jornalista foi torturado até a morte nas dependências do II Exército em SP, há 37 anos. Como a ordem judicial nunca foi cumprida, prevalece a versão mentirosa de que o então diretor da TV Cultura tinha se suicidado.
 

A recente recusa do Itamaraty a atender ao pedido da OEA para reabrir o caso repercutiu tão mal que a ministra Maria do Rosário se reuniu com a viúva Clarice e o filho Ivo Herzog, para explicar a inexplicável atitude do Brasil. O resultado foi uma nota conjunta em que o governo reconhece "a luta histórica empreendida" pelos Herzogs, mas nem se refere à exigência principal, que é um novo atestado de óbito desmentindo o falso suicídio.
 

Acompanho esse caso desde que Clarice me ligou no dia 25 de outubro de 75 dizendo: "Mataram o Vlado." Na véspera, policiais tinham ido ao seu local de trabalho, convidando-o a comparecer ao quartel do Exército para prestar esclarecimentos. Ele podia ter fugido, mas não quis. "Não tenho nada a esconder. Vou e saio logo." Chegou no dia seguinte às 8 da manhã e às 3 da tarde estava morto, após uma sessão de tortura. Outros jornalistas também presos ouviram seus últimos gritos.
 

Uma reação cautelosa que não desse pretexto à repressão começou já no enterro, com o rabino Henry Sobel negando-se a sepultar o judeu Vlado no lugar destinado aos suicidas. Como diria mais tarde, "foi minha maneira de denunciar a farsa". Depois veio o culto ecumênico celebrado em conjunto pelo rabino, por D. Evaristo Arns, D. Hélder Câmara e pelo reverendo James Wright. A polícia montou 385 barreiras para impedir o acesso à Catedral da Sé, e mesmo assim cerca de 3 mil pessoas compareceram à histórica cerimônia, uma das mais dramáticas já realizadas em SP.
 

Quando Clarice quis recorrer à Justiça, não foi fácil encontrar advogado, e tive a honra de participar dessa procura. Por interferência de Guguta Brandão, prima de Heleno Fragoso, fomos a ele, um respeitado criminalista, que aceitou o caso e indicou para a área cível o jovem Sergio Bermudes. Três anos depois, graças a Bermudes, que moveu a ação, e ao juiz federal Márcio, que deu a corajosa sentença, ambos com 32 anos, aconteceu o que parecia impossível: a União era considerada responsável pela prisão, tortura e morte de Vladimir Herzog. Foi a partir do choque causado pela morte do jornalista - com a revolta que espalhou - que a imprensa tomou coragem de avançar até o horizonte do possível. Ele pode ser considerado um mártir da abertura. Naqueles tempos difíceis de viver, Vlado soube viver, trabalhar e morrer com dignidade.

O Globo
30/06/2012 

Voto aberto e obrigatorio, Cristovam Buarque


POLÍTICA

Não há democracia plena sem o voto secreto para o eleitor, nem com voto secreto para o eleito. O eleitor deve ter seu voto protegido, mas os eleitos não devem ter seus votos escondidos. Ele foi eleito pela escolha do eleitor que tem o direito de saber como vota quem o representa.

É um contrassenso que um eleitor confie seu voto a um candidato e depois da eleição fique sem saber como seu vereador, deputado ou senador vota no Parlamento em assuntos que interessam ao eleitor, à cidade e ao país. O voto secreto no Congresso é uma excrescência na democracia.
Há pouco, o Brasil deu um passo positivo na transparência, ao publicizar toda informação que interessa ao público. Cada cidadão ou cidadã tem o direito de saber até mesmo o salário e os custos dos seus eleitos, mas não tem o direito de saber como votou seu parlamentar.
A lei da transparência não está completa se o Congresso mantiver o voto de parlamentares escondidos dos olhos e ouvidos dos seus eleitores.
É preciso que o Congresso tome a decisão de acabar com o voto secreto em todas as decisões. Alguns dizem que o sigilo do voto do parlamentar deve ser protegido de pressões do Poder Executivo. Isso podia se justificar durante o regime autoritário, em que a frágil oposição precisava evitar morte, prisão ou exílio por causa de um voto.
Mas na democracia, o único poder do presidente contra quem vota discordando das propostas do Executivo é tratar o parlamentar como membro da oposição, o que faz parte perfeitamente do jogo democrático.
Por isso não justifica a ideia de voto secreto na hora de votar para derrubar um veto do Presidente da República à lei ou artigo da lei. O eleitor quer saber se o seu parlamentar votou a favor ou contra o veto ou em uma lei que lhe interessa.
Outro argumento usado a favor do voto secreto é proteger o parlamentar quando vota na escolha de embaixador, juiz dos tribunais superiores e alguns outros diretores de agências. Mas, quando se tem medo de votar contra a nomeação de um juiz é porque se espera ter benefícios quando vota a seu favor, ou quando escondido no manto do voto secreto diz-se ter votado nele, mesmo mentindo.
O voto secreto é um manto da mentira e precisa ser abolido. Achar que um juiz vai perseguir um parlamentar que votou contra ele, é reconhecer que a Justiça foi politizada, a solução exige coragem para modificar a maneira de escolher os juízes, não de esconder o voto do parlamentar.
Da mesma maneira que é preciso saber todo voto de cada parlamentar, é preciso fazer o voto de o parlamentar ser também obrigatório em todas as votações, como é o voto do eleitor em todas as eleições.
O voto secreto do parlamentar é uma vergonha da democracia, mas o voto escondido por trás do voto das lideranças também é vergonha e humilhação para o parlamentar. É preciso acabar com o voto secreto, mas também exigir que toda decisão seja tomada com o voto explícito de cada parlamentar, jamais pelo atual sistema do voto com o corpo: “quem estiver de acordo fique como está”, como é tão comum no dia a dia do parlamento brasileiro.
Além de vergonhoso e humilhante, tem permitido a aprovação de atos e leis sem o conhecimento dos próprios parlamentares, com artigos e parágrafos contrabandeados, por distração ou omissão dos parlamentares presentes, às vezes desconhecendo a pauta da votação naquele dia.
A desculpa de que o voto nominal faria impossível aprovar qualquer coisa, porque os parlamentares nunca estão presentes é ainda mais vergonhoso e injustificável. Se for preciso, que mudem as regras para obrigar a presença no Plenário na hora da votação, como qualquer trabalhador, ou que apresente suas justificativas para a ausência, ou deixe o eleitor saber que estava ausente sem justificativa, mas jamais se escondendo debaixo do voto dito de liderança.
O voto do eleitor na urna é obrigatório e secreto, o voto do eleito deve ser obrigatório e transparente em cada caso, para que o seu eleitor saiba como ele vota, e possa lembrar na eleição seguinte se o seu candidato votou como ele deseja ou não.
Nenhum eleito deve ficar preso à vontade de seu eleitor, até porque os eleitores têm posições variadas. Deve votar conforme seus compromissos de campanha e de sua consciência em cada caso, mas publicamente.
Ao eleitor cabe se manifestar nas urnas, secretamente, para reeleger ou não o seu candidato.

Cristovam Buarque é professor da UnB e senador pelo PDT-DF.

O mundo futuro, por Merval Pereira Merval Pereira,



POLÍTICA

O Globo, junho 30,2012

O empresário Roberto Teixeira da Costa escreveu para o próximo número da revista “Política Externa” um artigo em que relata recente debate ocorrido no Instituto Fernando Henrique Cardoso intitulado Global Trends 2030 (Tendências Globais 2030), liderado por representantes do Espas — European Strategic and Policy Analysis; da ISS — European Union Institute for Securities Studies; do The Office of the Director of National Intelligence dos Estados Unidos; e do Atlantic Council, com a participação da FGV do Rio de Janeiro, representada pelo economista Marcelo Neri.
Na ocasião foi distribuído um livro cujo título, “Citizens in a interconnected and polycentric world” (“Cidadãos num mundo interconectado e policêntrico”), define bem a visão de futuro do grupo: um mundo cada vez mais interconectado, com vários centros de decisão.
A seguir, algumas conclusões e observações dos participantes anotadas pelo empresário.
O empoderamento dos indivíduos contribuirá para que adquiram o crescente sentimento de pertencer a uma única comunidade humana.
O mundo policêntrico será caracterizado pela mudança de poder dos Estados e por crescentes deficiências dos governos, sem responder de maneira adequada às demandas públicas globais.
A convergência de preocupações e a crescente vocalização de demandas serão enorme fator de contrastes com a capacidade dos governos de atender a elas, particularmente aquelas referentes à melhoria da qualidade da vida.
Esse gap será uma fonte permanente de tensão e conflitos sociais, podendo ser agravado pela ineficácia dos governantes.
De acordo com as Nações Unidas, em 2030 a população mundial atingirá 8,3 bilhões de pessoas. Grande parte desses indivíduos ganhará mais poder pelos progressos sociais e tecnológicos.
Nas últimas décadas o grande motor desse empoderamento foi a emergência de uma classe média, particularmente na Ásia, com acesso à educação aproximando-se de padrões mundiais pelos efeitos da informação e da comunicação tecnológica, e também com a evolução do “status” das mulheres na maioria dos países.
Em 1990, cerca de 73% da população mundial sabiam ler e escrever. Em 2010 atingiu 84% e estima-se que, em 2030, chegue a 90%.
A classe média aumentará sua influência, passando de 3,2 bilhões, em 2020, para 4,9 bilhões em 2030. Estima-se que esses cidadãos serão mais influentes que os antecessores de gerações passadas.
De qualquer forma, apesar dessas progressões, quando um número crescente de pessoas for beneficiado pela “era da informação”, diminuindo o chamado “digital divide” (a projeção é que, em 2030, metade da população terá acesso à internet), muitos indivíduos, quer por falta de eletricidade, analfabetismo ou ausência de acesso a telefones celulares, continuarão marginalizados.
O aumento da classe média não resolverá persistentes pobreza e desigualdade. Uma classe média burguesa emergirá na América Latina e na Ásia.
De qualquer forma, segundo relatório recente do Banco Mundial (2011), entre 2005 e 2008 — desde a África subsaariana até a América Latina, e desde a Ásia até a Europa Oriental —, a proporção de pessoas que vivem na pobreza extrema (em renda inferior a US$ 1,25 por dia) vem diminuindo.
O fortalecimento dos indivíduos também terá consequência, particularmente na sociedade civil, tendo grande impacto em como as políticas públicas serão conduzidas.
Usuários da internet poderão ser motivados a um maior engajamento em assuntos de natureza política. O temor é o de que todas as demandas sociais, justas ou não, façam enorme pressão sobre as instituições e partidos democráticos, podendo abrir espaço para um populismo radical, cuja saída poderá caminhar para a tentação do autoritarismo.
Apesar do progresso, sistemas educacionais fracos e o prevalecimento de doenças (epidêmicas ou não) continuarão sendo pesada carga para o desenvolvimento humano.
A corrupção será um fator de restrição ao desenvolvimento sustentável, funcionando como um dos principais obstáculos à inclusão social e à operacionalidade da economia de mercado.
As mudanças climáticas trarão sérias consequências e afetarão os padrões de vida e de segurança pública pela exacerbação da falta de água e de alimentos.
A degradação ambiental provocará desastres humanitários, inclusive com a desertificação e enchentes de grande escala em algumas regiões.
Maior estresse no desenvolvimento sustentável, tendo como pano de fundo maior escassez de recursos e persistente pobreza, potencializada por mudanças climáticas.
A água será um fator desestabilizador entre países fronteiriços, como, por exemplo, China e Índia. Tensões pela disputa entre países por matérias-primas poderão vir a acontecer.
A competição por recursos vai exacerbar tensões e provocará conflitos. Crise de energia sensibilizará e demonstrará que estaremos penetrando em uma “era de escassez”.
O modelo de economia de mercado prevalecente no desenvolvimento continuará sendo questionado. Os governos financiarão mais projetos de pesquisa para energias limpas e renováveis, que poderão ser insuficientes ou que os obrigarão, desde já, a tomar sérias iniciativas para melhorar e buscar maior eficiência energética.
Na questão de segurança humana e proteção dos cidadãos, muito embora seja um tema sempre presente, não se imaginam guerras entre os superpoderes, como também, está descartada uma maior conflagração envolvendo armamentos químicos, biológicos ou nucleares nas próximas duas décadas.
Conflitos motivados por nacionalismo e políticas de identidade extremista poderão acontecer, assim como (associados ou não) massacres genocidas. Serão a preocupação principal da governança mundial.
Organizações criminosas e movimentos populistas nacionalistas poderão tornar os Estados mais vulneráveis, como, aliás, tem acontecido em alguns países na América Latina.
O terrorismo continuará sendo grande preocupação, assim como os conflitos urbanos de baixa intensidade, que não deixarão de ser considerados nas políticas de segurança interna. (Amanhã, o Brasil e o mundo)

5 More States Get Waivers From Education Law Rules



June 29, 2012, The New York Times


The Obama administration granted waivers to five more states seeking relief from key conditions of the No Child Left Behind education law on Friday. In exchange, the states agreed to enact new standards and evaluate schools and teachers based on students’ academic progress.
State officials and critics of the 2001 federal law have long complained that it was unreasonable and unrealistic in requiring every student to demonstrate proficiency in math and English by 2014.
Arne Duncan, secretary of education, said the new standards were “ambitious but achievable targets.”
The No Child Left Behind law has been up for renewal since 2007, but Congress has not authorized revisions. Friday’s action by the administration brings to a total of 24 the number of states that have received waivers, and applications from an additional 13 states are under review.
The department’s approval of requests from Arkansas, Missouri, South Dakota, Utah and Virginia on Friday came the week after the federal Education Department declined to approve an application from Iowa, on the grounds that the state had not demonstrated that it would adequately measure teacher performance.
Critics said they worried that the administration was substituting one set of test-based requirements for another.
“I’m concerned that the only waiver applications they are accepting are reinforcing the test-based culture that exist in too many schools,” said Randi Weingarten, president of the American Federation of Teachers.
But in a conference call with reporters, Mr. Duncan said test scores would make up only one part of teacher and principal evaluations. He said states and districts would look at growth in scores, rather than absolute measures, as well as peer reviews, graduation rates and college attendance rates.
“It’s a much more comprehensive, holistic and honest sense of what folks are doing,” he said.
Kate Walsh, president of the nonprofit National Council on Teacher Quality, acknowledged that establishing a fair and effective system for evaluating teachers was not easy, but was necessary. Federal policy, she said, is not nuanced and often a “blunt instrument.”
She added, “I don’t know how we’re going to get from point A to point B without that chaos.”
Some observers were surprised that Virginia received a waiver because it is one of only a handful of states that have not adopted new national curriculum standards in English and math.
But Patricia I. Wright, superintendent of public instruction in Virginia, said the state submitted its own version of standards that met the Education Department’s requirement for getting students ready for college and careers.
The administration’s waivers emphasized serving students with disabilities, English language learners and students from economically disadvantaged families. Mr. Duncan said that under No Child Left Behind, many of these underperforming students were “literally invisible” because they were not always counted in state reports of academic progress.
Under the waivers, schools can lump together several low-performing groups in one category. Critics said they were worried that as a result, schools would fail to cater to the specific needs of students.
“While you solve one invisibility problem, you might be fostering another,” said James Ferg-Cadima, regional counsel in the Washington office of the Mexican American Legal Defense and Educational Fund, which advocates for English-language learners.


1United States85.2100.079.685.0
2United States100.055.664.384.9
3United Kingdom95.890.646.980.6
4United States94.573.753.880.2
5United Kingdom88.576.655.077.3
6United States84.054.165.575.5
7United States70.250.676.470.1
8United States65.440.475.165.8
9United Kingdom67.863.246.160.8
10Australia61.655.459.660.4
11Canada67.845.744.758.7
12Japan76.942.326.558.3
13Switzerland60.539.455.256.8
14=Singapore70.630.937.156.6
14=United States61.151.649.256.6
16Australia64.453.539.655.9
17Japan70.549.725.855.0
18United States53.755.754.854.2
19United States60.028.946.052.7
20Canada54.037.254.952.6