31 de agosto de 2016

Reforma do ensino médio deve aproximar alunos de seus interesses


A reforma na estrutura do ensino médio, em discussão no Congresso Nacional e no Ministério da Educação, pode tirar da gaveta uma esperada mudança de rota na educação dos jovens brasileiros: a aproximação dessa etapa ao interesse dos estudantes e ao mundo do trabalho.
A expansão do ensino técnico de nível médio deve ganhar força com a reformulação. Mas esse movimento depende da superação de desafios econômicos, burocráticos e pedagógicos.
O número de matrículas no ensino técnico teve em 2015 uma queda inédita, o que não se via pelo menos desde 2007. Os dados coincidem com a piora da crise econômica e cortes em iniciativas como o Pronatec (programa federal de educação profissional).
A retração de 3% na quantidade de alunos entre 2014 e 2015 interrompeu um avanço anual de matrículas de 9%, registrado desde 2011. A meta do PNE (Plano Nacional de Educação) é triplicar essas matrículas até 2024. O que exige um ritmo de crescimento de 20% ao ano.
Havia no ano passado 763 mil estudantes de ensino médio em cursos de formação técnica. Isso representa 9% do total de alunos da etapa.
Outros 1 milhão de alunos já haviam terminado o médio, mas faziam curso profissional. Somando, são quase 1,8 milhão de alunos no ensino técnico de nível médio.
O que pode estimular a educação profissional é a flexibilização do ensino médio, prevista no novo modelo. Metade da grade será comum e, para o restante das aulas, haverá a opção de aprofundamento em cinco habilitações: linguagens, matemática, ciências humanas, ciências da natureza e ensino técnico.
Hoje, todos os alunos do ensino médio devem cumprir a mesma carga horária de 13 disciplinas. Isso vale até para quem está em cursos integrados (em que o aluno faz o técnico e o médio normal na mesma escola).
ENGESSAMENTO
Para estudiosos, esse "engessamento" de disciplinas obrigatórias não permite uma trajetória de estudos que seja do interesse dos alunos.
"A escola não faz parte do projeto de vida do estudante, que não vê sentido no que estuda. Ele aprende quase nada de muita coisa", diz a presidente do Movimento Todos Pela Educação, Priscila Cruz.
Daniel Cava, coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, diz que o projeto em discussão falha por não envolver professores e alunos. "Conclusão: tende a não dar certo."
Além do novo currículo, parcerias com entidades, como o Senai, escolas privadas e empresas devem ser contempladas no novo modelo.
"Talvez o aluno possa ter atividades na escola e uma integração com empresas com o jovem aprendiz, valendo como parte da formação", diz Eduardo Deschamps, presidente do Consed (entidade que reúne os secretários estaduais de Educação do país).
A expansão desse tipo de formação atende a vários desafios, segundo especialistas. Além de tentar mudar um ensino que não dialoga com os jovens, ainda colabora com a melhor qualificação da força de trabalho no país.
Diretor do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), Rafael Lucchesi afirma que a educação profissional tem papel chave na melhora da produtividade.
"Precisamos entender que o ensino médio é a transição. Uma parte vai para a universidade, outra vai direto para o mundo das profissões", diz.
Laura Laganá, do Centro Paula Souza, responsável pelas escolas técnicas paulistas, lembra que ensino técnico não é só para a indústria. "Há formação em artes, tecnologia, vídeo. Por isso, a oferta tem de ser casada com as vocações regionais", diz.
Em tempos de crise, a diretora de Educação do Banco Mundial, Claudia Costin, afirma que o país precisa estabelecer prioridades para os investimentos. "O ensino técnico demanda laboratórios bem equipados, professores competentes tecnicamente e com didática sólida".
O ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), diz que o governo deve ter políticas de indução às redes, mas não deu detalhes. "A discussão tem sido com os Estados, que demandam mudanças. Não haverá dificuldades".
As mudanças são discutidas desde 2013 na Câmara federal. O MEC deve enviar texto complementar até outubro. Só após a aprovação dessa lei é que as discussões da base curricular comum para o médio serão retomadas. 

Os dois senhores da educação média

matthew-624-10-03-13O Jornal Folha de São Paulo publica hoje, 31 de agosto de 2016, um rico caderno  especial sobre o tema do ensino médio e técnico no Brasil, para o qual contribui com o texto abaixo:
Os Dois Senhores da Educação Média
A educação média, no mundo de hoje, é chamada a atender a dois senhores: o da qualificação para as atividades profissionais e acesso ao mercado de trabalho, e o da equidade social.
No passado, a questão da equidade não se colocava: os jovens das famílias mais ricas estudavam nas escolas de elite para as profissões de mais prestígio e mais bem pagas, e os mais pobres, ou não estudavam, ou iam para cursos práticos onde eram preparados para empregos de menor prestígio e baixos salários. O Brasil, nos anos 40, que até então mal educava suas elites, tentou copiar o modelo europeu, dividindo a educação média entre cursos gerais, para os poucos que se preparavam para as universidades, e cursos profissionais (industriais, agrícolas, comerciais) para os filhos dos trabalhadores. Na Europa, com isto, foi possível ampliar a educação e criar um operariado competente que se beneficiou do crescimento da economia, sem, entretanto, eliminar as diferenças sociais entre os dois tipos de educação. No Brasil, a educação profissional de nível médio estagnou, e os empresários, com fortes subsídios, tomaram em suas mãos a aprendizagem dos trabalhadores com o Sistema “S”.
No Brasil e no mundo, agora, as coisas mudaram. Na Europa, o setor industrial diminuiu, os empregos para as qualificações profissionais mais simples se reduziram, e a divisão rígida entre educação geral e educação profissional começou a ser vista como discriminatória e em grande parte disfuncional. Enquanto isto, o Brasil ampliou o acesso ao ensino médio, que hoje é obrigatório por lei, e eliminou de vez a possibilidade de trilhas diferentes de formação – a educação técnica, que antes era uma opção, hoje só é aceita como um estudo complementar ao ensino convencional.
Na Europa, ninguém pensa em acabar com os diferentes tipos de formação para a juventude, não só porque a economia moderna requer pessoas com perfis muito distintos, mas também porque as pessoas diferem em seus interesses, motivações e capacidade de estudar e aprender, e não podem ser colocadas em um molde único. Nos diferentes países europeus, a educação comum, que terminava aos 11 ou 12 anos, agora vai até os 15 ou 16, os conteúdos gerais de linguagem, computação e raciocínio matemático dos cursos técnicos são reforçados, e os certificados técnicos de nível médio, como bac técnico francês, são valorizados e dão acesso à educação superior.
A opção brasileira por um currículo médio único, pautado por um Exame Nacional também único, tem uma explicação prática, e outra ideológica. A prática é que o prestígio e a renda proporcionados pelos diplomas universitários ainda são relativamente muito altos,  quando comparados os os diplomas de nível médio, e o ensino técnico, com a exceção dos cursos altamente seletivos dos institutos federais e estaduais, ainda é visto pela população como um caminho menos desejado. A ideológica é a noção, buscada nos escritos de Gramsci dos anos 20, e adotada pelo Ministério da Educação, de que a educação técnica, voltada para as necessidades do mercado de trabalho, aliena os trabalhadores e os impede de desenvolver a consciência crítica e revolucionária que só uma educação clássica tradicional poderia proporcionar.
O resultado desta opção foi que ela não consegue atender a nenhum de seus dois senhores. A educação geral é de péssima qualidade, e não produz os quadros técnicos e profissionais com a qualidade e a quantidade necessários para economia moderna; e o sistema escolar é fortemente estratificado, com milhões de estudantes submetidos a um currículo tradicional que poucos conseguem acompanhar, na disputa encarniçada no ENEM pelas poucas vagas disponíveis na educação superior de qualidade. Parece uma competição por competências, mas por detrás dela estão as profundas diferenças de condições de vida e oportunidades que persistem na sociedade brasileira.
É este duplo fracasso, de relevância econômica e equidade social, que leva à necessidade de se transformar profundamente o ensino médio brasileiro, aproximando-o do que ocorre no resto do mundo, com uma pluralidade de caminhos e alternativas, gerais e profissionais, teóricas e práticas, capazes de dar oportunidades e atender às condições e necessidades de uma população heterogênea e de uma economia que precisa de pessoas capacitadas em todos os níveis para se desenvolver.

Na rede privada, 60% dos alunos largam universidade em até 5 anos


Arquivo MEC
Estudantes com média mínima de 450 pontos no Enem e com renda familiar bruta de até três salários mínimos podem concorrer às 75 mil novas vagas remanescentes no Fies (Foto: Arquivo MEC)
Taxa de abandono cai a 7,4% entre estudantes do Fies


Menos da metade dos alunos do ensino superior privado conclui o curso em até cinco anos. O dado, chamado de taxa de permanência, considera os estudantes que ingressaram em 2010 e até 2014 não pararam de estudar. Os demais ou trancaram matrícula, deixaram o curso ou foram transferidos.
O cálculo consta do "Mapa do Ensino Superior no Brasil", do Semesp (Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior), e foi feito com base em números levantados pelo Inep, instituto de pesquisa ligado ao Ministério da Educação.
Nas universidades privadas, o índice de permanência é de 40%. Nas públicas, de 51,3%.
De acordo com o estudo do Semesp, o início da graduação é período mais crítico. No ensino privado, 25,9% dos alunos desistem do curso logo no primeiro ano. No público, a proporção é de 18,3% na educação presencial e de 26,8% na à distância.
A taxa de abandono cai a 7,4% entre os alunos que têm Fies, o programa de financiamento estudantil. Além do compromisso financeiro já assumido pelo jovem que ingressa no programa, outra explicação é o fato de o aluno pensar melhor na sua escolha de curso ao contratar o financiamento, diz o diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato.
Segundo ele, entre os cursos com índice de evasão considerável estão os de licenciatura e os de engenharia –neste segundo caso, devido a deficiências no ensino básico. "Sem uma boa base de física e matemática, o aluno tem dificuldade de seguir o curso e acaba desistindo quando chegam as primeiras notas", diz.
DECLÍNIO
O estudo também projeta uma queda das matrículas no setor privado em 2015, e estabilidade do número neste ano. Com base em dados econômicos e de buscas na internet, o Semesp projeta uma redução no total de matrículas de 3,6% na rede privada em 2015. O número oficial será divulgado pelo Inep até o final do ano.
Para Capelato, dois fatores explicam a queda: a crise econômica e, principalmente, o enxugamento do Fies. No ano passado, o Ministério da Educação limitou o acesso ao programa, impondo um limite de renda para os candidatos e um desempenho mínimo no Enem (450 pontos na prova objetiva e não zerar a redação). Com isso, o número de novos contratos caiu de 732 mil, em 2014, para 287 mil em 2015.
A queda nas matrículas deixa o Brasil mais distante do mundo desenvolvido ou de nações vizinhas nos indicadores de escolaridade. O país tem apenas 17,6% dos jovens de 18 a 24 anos na universidade. Segundo Capelato, a taxa é de 50% nos EUA e de mais de 30% na Argentina e Colômbia. 

29 de agosto de 2016

Governo Temer suspende programa nacional de combate ao analfabetismo



Com uma das piores taxas de analfabetismo da América do Sul e sem cumprir compromissos internacionais na área, o Brasil interrompeu o programa federal que ensina jovens e adultos a ler e escrever.
Ao todo, 13 milhões no país não sabem decifrar nem um bilhete simples, o equivalente a 8,3% da população com 15 anos ou mais. Esse contingente era alvo do Brasil Alfabetizado, executado por Estados e municípios com verba do governo federal.
O Ministério da Educação afirma que o programa está em execução, mas prefeituras e governos estaduais relatam um bloqueio no sistema da pasta que impede o cadastro de alunos -o que inviabiliza o início de novas turmas.
A interrupção do programa foi confirmada pelo ministério a uma cidadã que o questionou sobre o tema por meio da Lei de Acesso à Informação. "Até o momento não há previsão de reabertura do Sistema Brasil Alfabetizado para ativação de novas turmas", respondeu, em junho, a pasta chefiada pelo ministro Mendonça Filho (DEM).
Atualmente, só os alunos cadastrados antes desse bloqueio do sistema estão frequentando as aulas. De acordo com o ministério, são 168 mil no atual ciclo, iniciado em outubro do ano passado.
O número explicita o encolhimento do programa. Relatórios da pasta mostram que, até 2013 (dados mais recentes), eram ao menos 1 milhão de atendidos ao ano.
NORDESTE
Folha indagou a todos os governos do Nordeste, onde estão 54% dos analfabetos do país, sobre a situação do Brasil Alfabetizado.
Sete dos nove Estados da região responderam, e relataram, no mínimo, expressiva queda de atendimento desde o bloqueio do programa e, nos piores casos, o fim dos cursos de alfabetização.
"Começamos a inserir os nomes dos alunos em maio, mas, no início de junho, o MEC avisou que o sistema tinha sido fechado", diz Tereza Neuma, diretora de políticas de Educação de Alagoas.
Alagoas tem a maior taxa de analfabetismo do país
"As aulas começariam em setembro, mas suspendemos o processo após o bloqueio, em junho", afirma Janyze Feitosa, gestora local do programa em Pernambuco.
"Em 2016, devido à suspensão do Programa Brasil Alfabetizado pelo MEC, as atividades letivas ainda não tiveram inicio", disse a secretaria de Educação do Ceará.
Os governos de Piauí, Rio Grande do Norte e Bahia também relataram redução e descontinuidades dessa ação.
Criado em 2003, o programa é elogiado pela dimensão e capilaridade, mas é criticado por seu índice de eficácia.
Documento deste ano feito por um grupo que incluiu o Ministério da Educação aponta uma taxa de alfabetização de 47% a 56% dos alunos.
"É uma política grande, mas demonstrou dificuldade de fazer com que o aluno voltasse a estudar", diz Roberto Catelli, um dos autores do texto e coordenador de Educação de Jovens e Adultos da ONG Ação Educativa. A pouca integração com a EJA (antigo supletivo) é uma das explicações para resultados negativos do programa, ao lado da baixa qualificação de educadores.
O sistema de gestão também chegou a ter uma interrupção pontual em janeiro.
Os problemas deixam o Brasil ainda mais atrasado no compromisso assumido em conferência mundial, em 2000, de chegar a 2015 com uma taxa de analfabetismo de 6,7%. No atual ritmo, só chegara à meta em 2022.
OUTRO LADO
O Ministério da Educação afirma que o Brasil Alfabetizado "está mantido e encontra-se em execução".
Diz que está iniciando a preparação de novas turmas, mas ainda não há uma data para que isso aconteça.
Por meio da assessoria, a pasta declarou ainda que as turmas atuais do programa foram abertas em outubro de 2015 e têm duração de oito meses. No atual ciclo, informa, são 17.445 turmas com 167.971 alfabetizandos.
A gestão do ministro Mendonça Filho (DEM), que assumiu em maio, também afirma que encontrou cortes no orçamento de 2016 para os programas Brasil Alfabetizado, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Pro Jovem no valor de R$ 120 milhões, e que os mesmos programas já haviam sofrido corte na ordem de R$ 112 milhões em 2015.
"Infelizmente, os indicadores de analfabetismo entre jovens e adultos ainda são elevados", diz a pasta, que cita o crescimento da taxa de analfabetismo entre jovens e adultos em alguns Estados.
É o que aconteceu com cinco Estados de 2013 para 2014, ano com dados mais recentes: AL, GO, PI, RS e SP.
"O MEC considera a alfabetização uma política pública prioritária, está discutindo com vários segmentos o problema, avaliado os programas de alfabetização existentes e estuda a melhor forma de reverter esse cenário."
A assessoria do ex-ministro da Educação Aloizio Mercadante (PT), que comandou a área até o afastamento da presidente Dilma Rousseff, atribuiu problemas orçamentários da pasta à situação política e criticou o que chamou de "desmonte" da área.
Ele disse ter mantido ações no Brasil Alfabetizado em 2016, mesmo com restrições financeiras. Segundo a equipe do ex-ministro, questões orçamentárias do MEC estavam ligadas à espera pela aprovação da alteração da meta fiscal no Congresso.

28 de agosto de 2016

Cartoons about Silicon Valley and Technology by larrycuban


For this month, I have found a dozen or so cartoons that poke fun at the culture of Silicon Valley and life with technology. Enjoy !
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Desde el jueves, todos los temas y todas las voces de

Iniciativa de la Fundación Noble
Durante los 30 días de septiembre, Clarín publicará una nueva sección, con análisis y propuestas para mejorar.

La Argentina supo ser vanguardia en educación. La Ley 1420, de 1884, garantizó la educación obligatoria, gratuita y laica y los resultados no tardaron en llegar: en 1930, el 60% de los chicos ya tenían la primaria completa. El sistema siguió incorporando alumnos, la Argentina obtuvo tres Premio Nobel en Ciencias, pero a fines de los sesenta empezó un largo y profundo deterioro de la calidad educativa.
Para reflexionar sobre la situación actual y las perspectivas hacia el futuro, Clarín publicará –todos los días de septiembre– una sección especial en la que especialistas, referentes del sector público y periodistas analizarán los principales desafíos de la educación. Es una iniciativa de la Fundación Noble, que celebra así sus 50 años.
“El objetivo es promover el debate de un tema central para el futuro. Queremos generar conciencia sobre la importancia de la educación, con propuestas para abordar lo que hoy es una prioridad indiscutible. Lo haremos de una forma amplia y federal. Estarán todos temas y todas las voces del país”, dice Martín Etchevers, gerente de Comunicaciones Externa del Grupo Clarín.
Desde el jardín de infantes, hasta la jornada extendida, las nuevas tecnologías, los desafíos pedagógicos en la primaria y la secundaria o el vínculo de la educación con el trabajo, la sección recorrerá los temas claves de la educación. Contará con un consejo asesor de especialistas: Guillermo Jaim Etcheverry, de la Academia Nacional de Educación; Inés Aguerrondo, socióloga de la Educación; Axel Rivas, director de Educación de CIPPEC y Gustavo Iaies, director del CEPP.
“La educación argentina está en coma. Los resultados son muy poco satisfactorios y nadie pone las cosas en orden porque el costo del ‘desarreglo’ que se produciría es muy grande”, dice Inés Aguerrondo. Gustavo Iaies agrega: “La educación está en un círculo que la hace girar sobre sí misma, que no le permite mejorar y con conflictos entre actores y con el afuera. El cambio en la cultura política y en las familias obliga a la escuela a encontrar nuevos modelos de gestión.” Axel Rivas tiene otra mirada. “En un plano estricto no se puede hablar de una crisis educativa porque casi ningún indicador disminuyó en los últimos 15 años. Sí se puede decir que otros países de la región lograron mejorar más y que hay una crisis global del ‘ modelo educativo tradicional’”, dice.
La inversión en educación aumentó en los últimos años, desde que la Ley de Financiamiento estableció que sea un 6% del PBI. Pero los aprendizajes siguen estancados. Se puede ver en los resultados de las pruebas internacionales.
“Se avanzó en el financiamiento y en muchas áreas, pero no se crearon dispositivos claros y potentes para mejorar los aprendizajes de los alumnos y revisar las prácticas pedagógicas. En otros países de la región se logró un abordaje más profundo y eso se tradujo en mejores resultados”, dice Axel Rivas.
Tampoco logró el país cumplir la ley que establece un 30% de los chicos de primaria con jornada extendida. El 43% de los secundarios no termina en tiempo y forma.
Los desafíos son enormes. “El compromiso de la sociedad es escaso porque, en general, se advierte que la Argentina enfrenta una crisis educativa pero la gran mayoría parece estar conforme con la educación que reciben sus hijos. No hay una demanda social de calidad educativa”, dice Jaim Etcheverry.
La sección que se inicia el jueves espera contribuir en un tema central para el futuro del país.