15 de março de 2010

O Estado de S. Paulo ,Brasil

Investimento público por aluno cresceu no País


Educação básica passou a receber mais recursos, mas a verba ainda não chega ao patamar ideal para o setor
Lígia Formenti

Levantamento do Ministério da Educação mostra que, de 2000 a 2008, os investimentos por aluno, em valores corrigidos, subiram de R$ 1.667 para R$ 2.995. "Assistimos a um aumento gradual, mas consistente", avalia o ministro Fernando Haddad.

A forma do uso dos recursos mudou. Maior ênfase foi dada a investimentos na educação básica. A mudança ajudou a reduzir diferenças entre os níveis de ensino. Em 2008, para cada R$ 5,6 gastos com educação superior, R$ 1 era investido na educação básica. Embora expressiva, a desproporção já foi maior. Em 2007, a razão era R$ 6,1 para R$ 1. E,em 2000, de R$11 para cada R$ 1.

"Um esforço adicional foi feito para tentar corrigir distorções históricas", disse Haddad. Mas os dados do ministério apresentam apenas números gerais. Não foi feita distinção do investimento feito pelos governos municipais e estaduais. O ministro reconhece que boa parte do aumento foi promovido pelos governos locais. Algo que ele atribui ao Plano Nacional de Desenvolvimento da Educação.

O investimento por estudante da educação básica foi de R$ 2.632 em 2008, mais próximo dos R$3.500 ideais, na avaliação do ministro. Para alunos do ensino médio, no mesmo ano, foram destinados R$ 2.122 e para os de ensino superior, R$ 12.763.

Em relação ao Produto interno bruto, a estimativa de porcentual de investimento público subiu. Em 2000, eram gastos 3,9% do PIB para todos os níveis de educação. Em 2008, subiu para 4,7%. O orçamento da Educação era de R$ 17 bilhõe em 2003; neste ano é de R$ 59 bilhões.

"Neste ritmo, vamos alcançar a meta de destinar 5% do PIB para gastos em educação até o fim do governo", avaliou Haddad. Entre 2000 e 2008, o porcentual de gastos com educação superior manteve-se estável: 0,7%. Mas esse índice aumentou na educação básica (de 3,2% do PIB para 4%) e no ensino médio (de o.5% para o,7%).

Educação no Brasil

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