Rio - Levantamento da Unesco colocou o Brasil entre os países onde as crianças passam menos tempo nas escolas. Na rede pública, a média é de 4,4 horas por dia. No Japão, por exemplo, essa média é 7,5 horas e nos Estados Unidos, de 8,5 horas. Na Coreia do Sul, país que fez uma revolução educacional nos últimos 40 anos, as crianças ficam na escola até 12 horas por dia. Nosso país caminha para se tornar a quinta maior economia do mundo. Sem educação, não teremos como chegar lá como nação desenvolvida. Uma pessoa que nasce numa comunidade carente não é menos inteligente e capaz do que aquela criada em berço de ouro. O que as diferencia são as oportunidades oferecidas ao longo da vida. É obrigação do Estado dar não apenas educação, como prevê a Constituição, mas educação de qualidade. Senão, não há justiça de oportunidades. Apesar de esse tema frequentar os debates políticos há mais de duas décadas - que o diga o saudoso Leonel Brizola - demorou para o País acordar. Algumas iniciativas, felizmente, foram colocadas em prática e começam a dar resultados. O programa Mais Educação, do governo federal, é exemplo, na medida em que oferece verba adicional às escolas públicas que mantêm seus alunos por mais de sete horas no colégio. Isso, somado a outras ações, como o Pro-Uni, a expansão dos campus universitários para o interior, a multiplicação das escolas técnicas pelo País e a qualificação do magistério - também nos níveis estadual e municipal - mostram que encontramos um caminho. Sem educação, o Brasil não chegará ao estágio de desenvolvimento que desejamos. É preciso resgatar essa dívida social que temos com milhares de cidadãos. Uma dívida que, se não for ressarcida, comprometerá o futuro do País. | |
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