10 de julho de 2011

Em SP, 40% dos diplomas estrangeiros são validados

Folha de São Paulo
Profissionais reclamam de falta de critérios para análise de documentos

Alessandro Shinoda/Folhapress

Vanessa dos Santos, que tenta revalidar diploma no Brasil

MARCOS DE VASCONCELLOS
DE SÃO PAULO

A maioria dos estudantes que tenta revalidar diploma estrangeiro em universidades paulistas não obtém sucesso. Dos 418 profissionais que pediram revalidação entre 2009 e 2011, 40% (168) a conseguiram. A taxa de aceitação da USP (Universidade de São Paulo), instituição que mais recebeu pedidos no período, foi de 36% (54 de 148 solicitações) de 2007 a 2008 para 48% (74 de 153 solicitações) de 2009 a 2010.
Apesar do crescimento do índice, profissionais reclamam da falta de critérios para reconhecer o canudo, já que as universidades têm autonomia nos processos.
Bolsista do governo dos EUA, a designer de interiores Vanessa dos Santos, 25, não conseguiu fazer inscrição para a revalidação do diploma.
Ela diz sentir-se desamparada pelo governo brasileiro após ter buscado instituições que oferecem formação similar e receber a resposta de que não poderia revalidar o diploma de curso de tecnólogo, considerado ensino superior.
"Cada universidade faz de um jeito, abrem processos [seletivos] do dia para a noite e cobram caro por isso", protesta Celso Pedroso, 27, que cursou medicina na Univalle, em Cochabamba, na Bolívia, de 2002 a 2009.
Ele tentou por três vezes revalidar o diploma, sem sucesso. Pedroso está inscrito no Revalida (http://revalida.inep.gov.br), prova organizada pelos ministérios da Educação e da Saúde para testar conhecimentos de médicos formados no exterior, cujas inscrições se encerram neste domingo (10).

Nenhum comentário:

Postar um comentário