02 de janeiro de 2012 Educação e Ciências | Correio Braziliense | Brasil | BR
Restritas, as creches brasileiras ainda têm a qualidade questionada por especialistas. Um dos fatores observados leva em consideração padrões da U.S. National Association for the Education of Young Children (Associação Nacional dos Estados Unidos para a Educação de Crianças Pequenas), instituição que recomenda um máximo de 10 crianças até os cinco anos de idade para cada professor. No Brasil, segundo estudo do Banco Mundial, as creches mantêm uma proporção aluno/professor constante de 26 na última década, enquanto as pré-escolas melhoraram, indo de 39 para 32. Além disso, estudo realizado em 2010 pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), pela Fundação Carlos Chagas e pelo Ministério da Educação sobre creches e pré-escolas em seis capitais brasileiras mostrou que os estabelecimentos que oferecem educação infantil reforçam as interações entre professores e crianças, e prestam menos atenção às atividades e à estrutura programática consistente, que geram um maior desenvolvimento cognitivo, social e emocional. O documento Educação Infantil: Programas para a Geração mais Importante do Brasil destacou o fato de os programas brasileiros não terem uma estrutura com horários, brincadeiras livres, tempo em grupo, provisões para crianças deficientes, atividades musicais e de ciências. "No geral, usando-se uma escala que tem sido aplicada em diversos países, 50% das creches e 30% das pré-escolas foram avaliadas como inadequadas e nenhuma foi classificada como excelente. A qualidade fora das capitais tende a ser ainda mais baixa", frisa o texto do documento. O estudo ponderou, no entanto, que as qualificações dos professores de educação infantil - assim como a infraestrutura - vêm melhorando ao longo do tempo: entre 2001 e 2009, o número de professores pré-escolares com ensino superior aumentou em 70% ou mais em todas as regiões, e a quantidade de professores de creches com ensino superior aumentou 94% ou mais em todas as regiões. (LL) |
2 de janeiro de 2012
creches brasileiras: Qualidade questionada
Postado por
jorge werthein
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10:04
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