1 de setembro de 2012

22,1 mi têm problemas de escolarização na AL:UNICEF/UNESCO



Cerca de 6,5 milhões de crianças e adolescentes não estão na sala de aula na América Latina e no Caribe Alunos da tribo Guarani numa escola de Canindeyu, no Paraguai. Segundo a ONU, os indígenas estão entre os mais afetados com a falta de ensino 

Nova York Mais de 22 de 117 milhões de crianças da América Latina e do Caribe estão sem ensino ou têm grande probabilidade de deixar a escola, o que na prática equivale a um futuro de exclusão social como adultos.
Essa é a principal conclusão de um novo relatório regional do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), realizado em parceria com o Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e divulgado ontem pela internet.
O relatório "Terminar a Escola. Um Direito de Crescer, um Dever para Compartilhar" é uma radiografia detalhada dos problemas de escolarização em 31 países da América Latina e no Caribe, com especial atenção a Brasil, Bolívia e Colômbia.
Dos 22,1 milhões de crianças e adolescentes com problemas de escolarização na região, 6,5 milhões não frequentam a escola e 15,6 milhões o fazem, mas se saem mal e têm claros sinais de desigualdade, como dois ou mais anos de atraso escolar.
O relatório levou em conta os perfis dos grupos mais afetados pela exclusão das salas de aula: os indígenas, os afrodescendentes, os portadores de deficiência e os moradores de zonas rurais, assim como as barreiras para conseguir uma boa educação, e as estratégias para eliminá-las.
"A educação é estratégica para combater as profundas desigualdades em nossa região. Devemos trabalhar em todos os setores para que as crianças e adolescentes possam concluir a escola", diz no relatório o diretor regional para a América Latina e o Caribe da Unicef, Bernt Aasen.
Os autores do relatório concluíram que há muitos "meninos e meninas que entram tarde no sistema educacional, que fracassam repetidamente, não encontram experiências pedagógicas que os permitam desenvolver suas capacidades e são discriminados".
Os dados demonstram que nas áreas rurais de alguns países menos de 50% das crianças que deveriam estar no ensino médio frequentam a escola.
Também evidenciam que as crianças e adolescentes que trabalham - 10% dos que têm entre 5 e 17 anos de idade na região - faltam mais à escola que seus companheiros e obtêm menos pontos nas avaliações.
Em relação ao gênero, em determinados contextos são os homens que apresentam taxas mais altas de exclusão, mas em outros, especialmente no ambiente rural ou indígena, são as mulheres.
De acordo com o relatório da ONU, 1,7 milhão (15,7%) de crianças com cinco anos de idade não estão na pré-escola ou no ensino fundamental. No Brasil, são 832 mil (23,8%), na Bolívia 83 mil (34,2%) e, na Colômbia, 206 mil (23,2%).
Ainda segundo o levantamento há 1,9 milhão de crianças e adolescentes que não estão no ensino fundamental nem no ensino médio, apesar de terem idade para frequentar o ensino médio, e que representam 5,3% do total. No Brasil, o total de crianças nesse nicho é de 368 mil (2,6 %), na Bolívia, 14 mil (3,1%) e na Colômbia 220 mil (6,3%).
BRASIL 832 mil crianças brasileiras com cinco anos de idade não estão na escola. Em toda a América Latina, 1,7 milhão, nessa faixa etária, não frequenta a sala de aula

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