20 de dezembro de 2012

Protesto de apoio ao cineasta Silvio Tendler reúne 70 pessoas no Centro do Rio


Meu caro amigo Silvio Tendler!

  • Ele foi convocado a depor num inquérito que apura o tumulto em encontro de dois atos no Centro do Rio
RUBEN BERTA (
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Cineasta Sílvio Tendler, que foi intimado a explicar incidente do qual não participou. Foto de 06/03/2012
Foto: Gustavo Stephan / O Globo
Cineasta Sílvio Tendler, que foi intimado a explicar incidente do qual não participou. Foto de 06/03/2012 Gustavo Stephan / O Globo
RIO - Cerca de 70 pessoas fizeram uma manifestação na tarde desta quarta-feira, na entrada da 5ª DP (Gomes Freire), de apoio ao cineasta Silvio Tendler. Ele foi convocado a depor num inquérito que apura o tumulto ocorrido no dia 29 de março deste ano, no encontro manifestantes que participavam de dois atos no Centro do Rio: um para comemorar os 48 anos do golpe militar de 1964, no Clube Militar, e um protesto que pedia punição para os crimes da ditadura. Tendler estava se recuperando de uma cirurgia de descompressão da medula na época do incidente, mas foi acusado por militares de participar da confusão.
— Eu expus a minha situação, que não tinha a menor condição de ter estado ali naquela manifestação. Foi claramente uma atitude de vingança dos militares pelos filmes que fiz contra a ditadura — afirmou Tendler, que foi à delegacia de cadeira de rodas.
Participaram da manifestação representantes de entidades como Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro e Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Carlos Eduardo Cunha Martins Silva, advogado que acompanhou o depoimento do cineasta, disse que estuda entrar com uma ação contra a presidência do Clube Militar, que seria a autora da acusação de constrangimento ilegal contra Tendler.
— Na denúncia, ele foi chamado pejorativamente de “Pato”. Estamos estudando uma ação de reparação na área cível ou criminal — comentou Martins Silva.
Nenhum representante do Clube Militar foi encontrado para comentar o caso. O delegado da 5ª DP Alcides Alves Pereira também não quis comentar as investigações.
No dia 29 de março, enquanto cerca de 300 militares da reserva participavam do evento no Clube Militar, chamado de "1964 — A Verdade", pelo menos 350 pessoas, entre elas representantes de PT, PCB, PCdoB, PSOL, PDT e outros movimentos sociais de esquerda, fizeram a manifestação na frente das duas entradas do prédio, na esquina da Avenida Rio Branco com a Rua Santa Luzia. Um dos manifestantes foi detido pela polícia e liberado após prestar depoimento. Outros dois ficaram feridos ao serem atingidos por estilhaços de bombas de efeito moral.
Os manifestantes também derramaram um balde de tinta vermelha nas escadarias do Clube Militar, representando o sangue das vítimas da ditadura, e atingiram um segurança do local com ovos. Durante o tumulto, o Batalhão de Choque da PM usou spray de pimenta e bombas de efeito moral.


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