11 de julho de 2013

Aumento do número de assassinatos preocupa capitais do Nordeste

Em uma década, São Luís foi a capital brasileira onde o número de assassinatos por arma de fogo mais cresceu: aumento de 267%


Em outras capitais do Nordeste, a maior preocupação é com a violência. No primeiro semestre, o número de assassinatos subiu em Fortaleza e São Luís.
Nesta semana, uma chacina deixou três pessoas mortas em um bairro pobre de São Luís. A escalada da violência na capital maranhense levou parentes de vítimas às ruas para protestar contra a impunidade.
“Eles não têm respeito pela vida humana. Só querem saber de matar e roubar”, lamenta uma mulher.
Nos 10 primeiros dias de julho já foram 25 assassinatos na cidade, 67% a mais que no mesmo período do ano passado, segundo a Secretaria de Segurança Pública doMaranhão.
O histórico da criminalidade na capital maranhense também preocupa. De acordo com o Mapa da Violência 2013, em uma década, São Luís foi a capital brasileira onde o número de assassinatos por arma de fogo mais cresceu: aumento de 267% entre 2000 e 2010. De lá para cá, os homicídios continuaram ocorrendo em um ritmo cada vez maior. Neste ano, já são 384.
A Secretaria de Segurança chegou a montar uma força tarefa para investigar tantos casos. “Parte dos delegados fica encarregada de investigar os crimes antigos que não podem parar de ser investigados e metade da equipe fica encarregada de fazer o local do crime”, afirma Katherine Chaves.
A violência também cresceu em outras capitais do Nordeste. Em Fortaleza são mais de 800 assassinatos este ano, um aumento de 26% m relação ao mesmo período do ano passado.
O sociólogo que pesquisa a violência nas grandes cidades diz que o acesso fácil a armas de fogo e a impunidade estão entre as principais causas do aumento da criminalidade. “Mais da metade dos homicídios são crimes por motivos fúteis e banais, no qual um familiar, um amigo, um parente, um vizinho, um colega de buteco ou trabalho por desavença, vingança ou alguma coisa, pega uma arma e mata o outro”, explica Julio Jacobo Waiselfisz.

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