Durante audiência pública, o senador enumerou 19 limitações que os analfabetos enfrentam na sociedade contemporânea
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) chamou a atenção para o analfabetismo como um problema de direitos humanos que ultrapassa a dimensão educacional.
- Uma pessoa que é analfabeta pode evoluir, mas depois que deixa de ser analfabeta. Uma pessoa no estado de analfabetismo não tem como evoluir na sociedade. Ela pode evoluir ao sair do estado de analfabetismo - afirmou o parlamentar, que atribuiu a culpa da situação aos dirigentes do país, por se empenharem na defesa dos direitos humanos mas não cumprirem o dever de erradicar o analfabetismo.
Cristovam Buarque lembrou que durante audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), na segunda-feira (9), enumerou 19 limitações que os analfabetos enfrentam na sociedade contemporânea. Ele disse que essas pessoas têm dificuldades para deslocar-se, votar, obter informações ou procurar empregos, o que faz o analfabeto ser torturado psicologicamente em cada minuto de sua vida.
- O direito de ir e vir é um direito de qualquer sociedade que respeite os direitos humanos. O analfabeto não tem esse direito pleno, porque ele não sabe ler as placas dos ônibus. Ele não sabe ler as placas de informes de onde ele está. Ele não sabe ler a palavra "perigo" na frente dele e, aí, ele vai para onde não queria, caminha e cai. A maior parte dos acidentes na construções civil, no Brasil, é devido ao analfabetismo da vítima, que não soube ler o anúncio - disse Cristovam Buarque.
(Agência Senado)
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