30 de maio de 2011 Educação no Brasil | Pioneiro | Educação | RS Os muros pichados e os vidros quebrados materializam a insegurança ao redor das escolas. Se os vândalos destroem à noite, os criminosos amedrontam alunos e funcionários a qualquer hora do dia. A sensação de medo tem acompanhado estudantes tanto da rede pública quanto da rede privada de ensino. Alguns foram assaltados na saída. Outros, são pais, irmãos ou avós que aguardavam pelo fim da aula. Há também aqueles que sofreram lesões ao se envolver em brigas com grupos rivais, sempre depois das aulas. A violência fora do muro escolar traz insegurança a toda a comunidade. Entre as causas apontadas pelos diretores, está a falta de policiamento. É inegável, Caxias vem registrando aumento de crimes nas proximidades dos colégios. Os assaltos são o que mais atemoriza a comunidade. Porém, poucos casos chegam ao conhecimento dos órgãos de segurança. Neste ano, por exemplo, a BM não recebeu denúncias. Levantamento do Pioneiro em 20 escolas, todavia, contou pelo menos 25 assaltos em torno das escolas em 2011. No total, Caxias tem 189 escolas. O caso recente mais grave de violência em área escolar aconteceu com um jovem de 20 anos. Alex Barreto da Silva sobreviveu a sete tiros. No dia 14 de março, Alex estava dentro de um carro aguardando a irmã de 15 anos quando foi alvejado, na frente do Colégio Estadual Santa Catarina. A tentativa de homicídio assustou estudantes e professores e ainda repercute no colégio. O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil. Na segunda semana de aula da rede estadual, alunos do Colégio Estadual Imigrante, no Bela Vista, enfrentaram uma onda de assaltos. O pai de um estudante teve o carro roubado após ser abordado por um homem armado, junto ao portão. Na semana anterior, duas meninas sofreram ataques de ladrão enquanto caminhavam em direção à escola. Eram 7h30min de 28 de fevereiro. Na manhã do dia 8 de abril, duas adolescentes foram assaltadas enquanto voltavam para casa na esquina das ruas Itália e La Salle, em São Pelegrino. O diretor da Escola La Salle Caxias, Ivan Migliorini, disse não ter sido a primeira vez que estudantes sofreram roubos (com grave ameaça ou lesão) ou furtos (sem violência) nas imediações do colégio. Para ele, a falta de policiamento contribui para os criminosos agirem. Já encaminhamos ofícios à Brigada Militar solicitando providências, mas nada é feito. A falta de segurança é um problema em toda a cidade amplia o diretor. Guia aos jovens Representantes da prefeitura, do Ministério Público e da Ordem dos Advogados do Brasil Subseção Caxias lançam hoje o Guia de Orientações à Segurança Escolar do Programa Cipave. O material traz informações sobre atos infracionais atribuídos à criança e ao adolescente e medidas de punição. Sem registro A maioria dos alunos assaltados não registra boletim de ocorrência, conforme a Brigada Militar. A comunicação é muito importante para a polícia identificar em quais locais estão acontecendo os crimes. Para chamar a BM ligue para o 190. |
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