9 de junho de 2011

Clamor antigo : uma educação de qualidade




09 de junho de 2011
Educação no Brasil | O Povo | Opinião | CE




Faz tanto tempo, mas é preciso trazer à lembrança situações acompanhadas por mim, como repórter deste O POVO, no fim dos anos 60, quando ingressei na atividade e recebi a incumbência de cobrir a área de Educação.
Desafiada a elaborar artigo diário sobre o tema, pelo então secretário de Redação, Antônio Pontes Tavares, não faltava assunto para abordagem.
Não se espante o leitor: os impasses daquele tempo hoje se repetem, como que a demonstrar, cabalmente, que a prioridade tão proclamada para a Educação é, em grande parte, apenas um ornamento na retórica falaciosa dos discursos governamentais.
Na verdade, o que a professorinha do Rio Grande do Norte, Amanda Gurgel, falou na Assembleia Legislativa do seu Estado, em programa de rádio e TV, com ampla repercussão nacional, são situações que atingem o magistério e a escola pública ao longo do tempo.
Vejamos: salários aviltados, condições de trabalho frustradoras, inexistência de planos de cargos e carreira que correspondam às necessidades reais do magistério, escolas degradadas, e as consequências de tudo isso - repetência, evasão, aprendizagem insuficiente - continuam a causar danos no dia-a-dia de ponderável parcela dos que integram o sistema. O clamor, portanto, é antigo.
De outra parte, não se pode negar que houve avanços e conquistas. Ainda nesta semana, O POVO, na edição de 7 de junho, destacou o município de Coreaú e sua escola Nossa Senhora da Paz. Ali, a gestão e coesão de pais e professores se aliaram na busca de resultados eficazes.
O que exaspera é a permanência de tantas situações desestimuladoras, como se fosse inviável a retificação de caminhos. As mudanças, no caso, dependem, e muito, dos que estão no sistema, da sua capacidade de mobilização, da sua capacidade de dar um basta ao imobilismo. Será isto tão difícil?
Ivonete Maia, ivonetemaia@hotmail.com

Faz tanto tempo, mas é preciso trazer à lembrança situações acompanhadas por mim, como repórter deste O POVO, no fim dos anos 60, quando ingressei na atividade e recebi a incumbência de cobrir a área de Educação.
Desafiada a elaborar artigo diário sobre o tema, pelo então secretário de Redação, Antônio Pontes Tavares, não faltava assunto para abordagem.
Não se espante o leitor: os impasses daquele tempo hoje se repetem, como que a demonstrar, cabalmente, que a prioridade tão proclamada para a Educação é, em grande parte, apenas um ornamento na retórica falaciosa dos discursos governamentais.
Na verdade, o que a professorinha do Rio Grande do Norte, Amanda Gurgel, falou na Assembleia Legislativa do seu Estado, em programa de rádio e TV, com ampla repercussão nacional, são situações que atingem o magistério e a escola pública ao longo do tempo.
Vejamos: salários aviltados, condições de trabalho frustradoras, inexistência de planos de cargos e carreira que correspondam às necessidades reais do magistério, escolas degradadas, e as consequências de tudo isso - repetência, evasão, aprendizagem insuficiente - continuam a causar danos no dia-a-dia de ponderável parcela dos que integram o sistema. O clamor, portanto, é antigo.
De outra parte, não se pode negar que houve avanços e conquistas. Ainda nesta semana, O POVO, na edição de 7 de junho, destacou o município de Coreaú e sua escola Nossa Senhora da Paz. Ali, a gestão e coesão de pais e professores se aliaram na busca de resultados eficazes.
O que exaspera é a permanência de tantas situações desestimuladoras, como se fosse inviável a retificação de caminhos. As mudanças, no caso, dependem, e muito, dos que estão no sistema, da sua capacidade de mobilização, da sua capacidade de dar um basta ao imobilismo. Será isto tão difícil?
Ivonete Maia, ivonetemaia@hotmail.com

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