Alunos jogam bomba em escola e ameaçam de morte diretora

30/06/11, 20:26

O clima na escola é de pânico e insegurança chegando ao ponto de suspender a festa junina marcada para a sexta (1º).

A diretora e duas funcionárias de uma escola pública em Teresina estão sendo ameaçadas de morte por ex-alunos, que foram expulsos por má conduta.  O clima na escola é de pânico e insegurança chegando ao ponto de suspender a festa junina, marcada para essa sexta (1º), após novas ameaças dos adolescentes.

Foto: Yala Sena/Cidadeverde.com

Arraiá na escola do bairro Vermelha foi suspenso após ameaças

“Eles avisaram: será um arraiá com sangue e na sexta vou matar ela”, conta emocionada a diretora da escola estadual Teresinha Nunes, Elzany Dutra.  

Na escola, que fica na rua David Caldas, bairro Vermelha, zona Sul de Teresina, os servidores estão trabalhando com medo.  Segundo a diretora, a última ameaça foi registrada na quarta-feira. Armado com um soco inglês, um dos jovens alertou a coordenadora: "No dia da quadrilha eu vou detonar essa escola. E a senhora, tia, vista colete à prova de balas". 

Na semana passada, os estudantes, ambos com 17 anos de idade,  atingiram o vigia com uma bomba caseira, que por pouco não feriu o funcionário. Além disso, inconformados com a expulsão, eles estariam pulando os muros com frequência para quebrar carteiras e incitar outros alunos. 

Elzany Dutra foi ameaçada de morte por ex-alunos que expulsou

“Estamos todos temerosos, pois eles entram drogados em sala de aula e continuam com as ameaças”, disse Elzany Dutra.

O caso foi comunicado para a Secretaria Estadual de Educação e autoridades policiais. A diretora explica que a situação é atípica e pede a presença permanente de policiais, ao invés da ronda de rotina do batalhão escolar. “A ronda está assustando os adolescentes, mas é preciso de policiais dentro da escola”, afirmou.

No colégio, existem 290 estudantes nos turnos manhã e tarde.

Elzany Dutra conta que um dos ameaçadores foi expulso, pois um dia chegou armado na escola com uma pistola. Ele também, segundo a diretora, se drogava na sala de aula na presença dos alunos. 

“Falei com o pai de um deles e ele disse que não queria ele nem dentro de casa”.