18 de julho de 2011

Sem recursos federais ,Um Computador por Aluno empaca


18 de julho de 2011
Educação no Brasil | Brasil Econômico  BR



Na primeira fase do programa, mais de 120mi llaptops foram comprados.Depois,demanda caiu

Projeto ambicioso de adquirir notebooks para estudantes da rede pública esbarra na falta de recursos municipais para comprar,mesmo com financiamento, os equipamentos. Das mais de5mil prefeituras, apenas 119 aderiram

Priscilla Arroyo e Regiane Oliveira
A movimentação das empresas em torno das expectativas de ações do governo para a área de educação não é privilégio da área editorial no que diz respeito à migração de conteúdo impresso para os tablets.
Há cerca de cinco anos, quando os projetos que defendiam um computador por aluno começaram a sair do papel - em vários lugares no mundo e também no Brasil -, as empresas começaram a investir na produção de computadores baratos, interessadas na potencial carteira de clientes do governo federal.
O projeto não andou como esperado aos olhos do mercado.
Na prática, o programa Um Computador por Aluno (Uca) teve início em 2008 por iniciativa da União. Na primeira fase, ela comprou 122.650 notebooks.
Depois, a demanda praticamente parou por falta de recursos dos parceiros do projeto.
Beneficiada com a primeira fase do projeto, a Prefeitura de Nova Hamburgo (RS) recebeu 555 laptops para atender duas escolas. O governo federal se responsabilizou pelo servidor de internet e pela capacitação dos professores. A prefeitura ficou responsável pelo projeto de implantação, com custo de R$ 25 mil para cada escola.
"Nos espelhamos nas escolas públicas de nível fundamental do Uruguai, que já são informatizadas há quatro anos", diz Marcia Schuler, secretária de tecnologia da informação da Prefeitura de Nova Hamburgo.
Não fossem os recursos federais, a cidade não teria condições de arcar com um financiamento do projeto. "Na contrapartida, já tivemos que pagar R$ 50 mil para reforma da parte elétrica das escolas", diz.
O problema que é, a partir da lei nº 12.249/2010, os municípios passaram ter que desembolsar recursos próprios, ou utilizar a linha de financiamento de R$ 660 milhões, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para adquirir os notebooks.
Nesta segunda fase, segundo dados do Ministério da Educação (Mec), 119 municípios aderiram ao programa.
Computador do professor Mais realista que um computador por alunos é o programa Computador do Professor, da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, que financia a aquisição de notebooks para docentes.
O estado custeia os juros, e os professores, o valor do equipamento. A primeira etapa, iniciada em 2009, permitiu a compra do equipamento para 43.706 servidores. Neste ano, a previsão é que mais 21.293 adquiram o equipamento.
Embora a iniciativa seja bem vinda, o estado de São Paulo ainda tem escolas que não possuem laboratórios de informática. Das cerca de 500 unidades da rede estadual, 153 ainda esperam a instalação de computadores
Projetos do governo que despertam o interesse das empresas
PNLD
R$ 1 bi foi usado para a compra de 136 milhões de livros didáticos em 2011. Outros R$ 151 milhões foram para a distribuição do material a 37 milhões de alunos.
PROUNI
254,5 mil bolsas devem ser distribuídas pelo programa este ano. Cada estudante recebe, em média, R$ 300 para o pagamento da mensalidade da faculdade.
SISTEMAS DE ENSINO
505 mil era o número de alunos de escolas públicas que usavam material didático vendido por editoras até 2010, segundo dados da Fundação Lemann.
PRONATEC
R$ 1 bi deve ser aplicado pelo programa de ensino técnico, sendo R$ 700 milhões em bolsas e R$ 300 milhões pelo Financiamento Estudantil (Fies).
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BNDES tem linha de R$ 660 milhões para financiar a compra de equipamentos
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