2 de julho de 2011

A valorização do mérito


2 de julho de 2011
Educação no Brasil | Zero Hora | Editorial | RS

EDITORIAIS O governo do Estado é desafiado a enfrentar as reações corporativas e levar adiante a intenção de assegurar prioridade a um novo plano de carreira para o magistério, com implantação prevista para o próximo ano. Iniciativas semelhantes, em administrações anteriores, foram frustradas, quando apenas se esboçavam os planos, pela incapacidade dos governantes de persistirem na defesa de suas ideias. Atualizar os critérios de avaliação dos profissionais da educação é um dos primeiros passos para que todo o ensino passe por reformulações. É uma urgência para o Rio Grande do Sul, onde a educação pública vem enfrentando constrangimentos em avaliações de eficiência e de qualidade.
Mesmo que, conforme desejo manifestado pelo governo, as inovações venham a ser determinadas por decreto, é recomendável que o Executivo amplie o debate, desde que este contribua de fato para o aprimoramento das propostas e afaste a imposição de pontos de vista meramente classistas. É óbvio que a solução para os impasses do ensino passam pela avaliação dos sentimentos e expectativas do próprio magistério, mas é preciso ouvir também outros setores da sociedade.
O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social vem cumprindo esta tarefa e será decisivo ao subsidiar o governador e orientar as decisões que serão tomadas, sempre no sentido de reconhecer o mérito como critério elementar de evolução na carreira, como acontece, aliás, em outras atividades profissionais. São inspiradoras as mudanças promovidas pela prefeitura de Canoas, que este ano instituiu normas de promoção baseadas principalmente na qualificação, que levam em conta, entre outros fatores, aprimoramento, assiduidade, disciplina e envolvimento na melhoria do ensino prestado pela escola.
O Estado informa que se compromete a fazer a sua parte, patrocinando o acesso a cursos de aperfeiçoamento. O objetivo maior, a partir do reconhecimento profissional, é uma educação pública de qualidade. O plano de carreira interessa, portanto, ao magistério e a todos os gaúchos, e não só aos que dependem diretamente das escolas mantidas pelo E

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