26 de agosto de 2011 Educação no Brasil | Valor Econômico | Brasil | BR Luciano Máximo Os resultados da primeira edição da Prova ABC, avaliação educacional do final do ciclo de alfabetização da educação brasileira, indicam que 56,1% das crianças que terminaram o terceiro ano do ensino fundamental nas redes pública e privada aprenderam o que era esperado em leitura. Em matemática, o nível de aprendizado foi considerado adequado para 42,8%. Para Priscila Cruz, diretora executiva do movimento Todos pela Educação (TPE), "o principal recado" do exame é a desigualdade regional verificada nos resultados. "No Brasil já se observa desde cedo que a criança de escolas públicas no Norte e Nordeste não tem o mesmo direito ao aprendizado que alunos de escolas das regiões Sul e Sudeste", constatou Priscila. O desempenho médio nacional em leitura foi de 185,8 pontos na escala. Nas regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste as notas foram 197,9, 193,6 e 196,5 pontos, respectivamente. As regiões Norte e Nordeste ajudaram a puxar a média para baixo, com desempenho de 172,8 e 167,4 pontos, respectivamente. A média nacional em matemática foi de 171,1 pontos. Regionalmente, o desempenho se repetiu, com Sul (185), Sudeste (179) e Centro Oeste (176) com as melhores pontuações, e Nordeste (158) e Norte (152) com as piores. "A diferença das notas é um alerta para problemas futuros, afinal uma criança com baixo desempenho aos oito anos dificilmente vai chegar bem ao ensino médio", avalia o matemático Ruben Klein, consultor da Fundação Cesgranrio, que organizou a Prova ABC junto com TPE, Instituto Paulo Montenegro/Ibope e Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep). O exame, que avalia o processo de alfabetização de estudantes de forma amostral considerando a escala do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), foi aplicada a 6 mil crianças de 250 escolas. |
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