14 de dezembro de 2015

Indicadores culturais do país melhoraram, segundo o IBG



2014 762356657-2014 757066271-2014100389314.jpg_20141003.jpg_20141023.jpgRIO — De acordo com as conclusões do suplemento de cultura do “Perfil dos Estados e Municípios brasileiros 2014 (Estadic/Munic)”, divulgado hoje pelo IBGE, a maioria dos indicadores culturais do Brasil melhoraram de 2006, data em que o último suplemento equivalente foi publicado, até 2014, quando a pesquisa foi elaborada.
Em relação aos equipamentos culturais presentes nos municípios e estados do país, por exemplo, o levantamento indicou que 97,1% dos municípios brasileiros tinham bibliotecas públicas em 2014, quando em 2006 eram 89,1% (o número vem crescendo desde 1999, quando a contagem começou a ser detalhada pelo IBGE, e 76,3% dos municípios declaravam ter o equipamento). Por outro lado, a porcentagem de cidades com livrarias caiu de 35,5% para 27,4%.
De 2006 para cá, chama a atenção o crescimento vertiginoso das lan houses, equipamentos que não apareciam em 2006 e que hoje existem em 82,4% das cidades brasileiras; enquanto a presença de videolocadoras decaiu sensivelmente nos municípios (de 82%, de 2006, para 53,7%, em 2014).
Outra surpresa apontada pela pesquisa é o crescimento das rádios comunitárias, que apareciam em 48,6% dos municípios brasileiros em 2006 e em 64,1% em 2014.
Presente em 99,9% dos municípios, o sinal da TV aberta continua sendo o maior meio de acesso aos conteúdos culturais no país, mas apenas 12,1% dos municípios contam com produção local de conteúdo, sendo majoritariamente replicadoras.
Além do volume de equipamentos culturais, a pesquisa contou também a produção cinematográfica apoiada por prefeituras e governos estaduais do país: de acordo com a pesquisa, em 2014 o poder público apoiou a produção de 1849 títulos, entre longas, médias e curtas-metragens. O estado do Rio Grande do Sul é o que se destaca, com 60 filmes apoiados, tendo na seqüência os estados de Pernambuco (54 filmes) e São Paulo (42). O estado de Rondônia foi o único que não apoiou sequer um título no período analisado.
— Quando assumimos o MinC, em 2003, o Estado só havia apoiado seis filmes. A política audiovisual é mais bem sucedida do ministério. É mais dinheiro investido do que na época da Embrafilme — declarou o ministro da Cultura, Juca Ferreira, durante a cerimônia de divulgação dos indicativos.
Um dos indicadores que recuaram foi o da quantidade de municípios que tinham alguma política pública para o setor de cultura. Em 2006, eram 57,9%. Em 2014, são 54,6%. O número é mais ou menos parecido com o de cidades que incentivam a leitura, o livro ou a literatura: em 2014, 56,3% dos municípios apresentavam algum tipo de programa ou ação para fomentar a criação, produção ou circulação literária.

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