Fabio Rossi/Agência O Globo | ||
Parentes de menino de 15 anos vítima de tentativa de roubo em Água Santa, no Rio |
Os dados são de 2015 e estão em relatório lançado nesta terça (31) pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), braço da ONU que defende os direitos das crianças. A instituição diz não ter calculado o índice geral, somando os sexos feminino e masculino, por país.
O Brasil é o sétimo com mais mortes de meninos no ranking global, que é liderado pela Síria, em guerra civil desde 2011, e pelo Iraque, envolvido no conflito contra a milícia terrorista Estado Islâmico.
América Latina e Caribe respondem por metade dos 51,3 mil homicídios de jovens não relacionados a conflitos armados, considerando meninas e meninos. A região foi a única que piorou desde 2007, com taxa de 22,1 mortes por 100 mil jovens (38,5 entre os garotos e 5,1 entre as garotas).
No total, foram 82 mil crianças e adolescentes mortos em 2015 no mundo, tanto em assassinatos como em conflitos armados –ou uma a cada sete minutos. Para se ter uma ideia, o número é quase equivalente à população de Bebedouro (SP).
A pesquisa também compara outros tipos de violência contra a criança pelo planeta, como doméstica, sexual e escolar, mas o Brasil aparece pouco nesses índices.
Com relação à agressão disciplinar, somos um dos 59 países que proíbem punição corporal. Desde 2014, a "lei da palmada" veta o emprego de violência ou qualquer tipo de tratamento cruel ou degradante na educação dos jovens.
Só 9% das crianças menores de 5 anos de idade no mundo moram em locais onde esse tipo de castigo é totalmente vedado, ou seja, 607 milhões delas não têm esse tipo de proteção legal. Isso em meio ao fato de que três a cada quatro crianças de 2 a 4 anos (300 milhões) sofrem punição psicológica e/ou física em casa.
Os brasileiros também são citados no tema bullying. Em 2013, 43% dos alunos de 11 e 12 anos do país disseram que haviam sofrido esse tipo de agressão no mês anterior, índice equivalente ao da Nicarágua, Paraguai, Panamá e Equador.
"Há uma alta probabilidade de que crianças vítimas ou expostas à violência a usem também para solucionar conflitos quando se tornarem adultas", conclui o estudo.
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