Diario de Cuiaba
O ministro da Justiça, Alexandre Moraes, disse que a criminalidade no Rio de Janeiro preocupa mais do que eventuais atentados terroristas nos Jogos Olímpicos que começam em duas semanas. Ambas as possibilidades, evidentemente, são preocupantes. Mas não há dúvida de que a criminalidade desenfreada que atinge não apenas o Rio de Janeiro, mas todos os Estados da federação, é a grande calamidade pública deste país – o verdadeiro terrorismo brasileiro.
Qualquer levantamento sobre violência mostra isso. Das 50 cidades com maior taxa de homicídios por 100 mil habitantes em 2015, identificadas pela ONG mexicana Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal, 21 são brasileiras. O Mapa da Violência feito pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais mostra que em 2014 o Brasil registrou 45 mil assassinatos por arma de fogo, mesmo com a redução iniciada em 2004 devido à Campanha e ao Estatuto do Desarmamento. E o pior é que esse morticínio já virou rotina. Quando 111 detentos foram fuzilados no presídio Carandiru, em São Paulo, a reação foi grande. Pois, segundo os autores do Mapa da Violência, as mortes por armas de fogo no país equivalem a um Carandiru e meio por dia. Estudo recente do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) prevê crescimento da violência até 2023, com aumento da população carcerária e expansão do tráfico de drogas.
Diagnósticos da violência e previsões pessimistas não faltam. Falta uma política eficiente de combate à impunidade, de enfrentamento das desigualdades sociais e de formação de brasileiros comprometidos com uma cultura de paz. Enquanto não atingirmos esse estágio de conscientização, vamos continuar focados em eventos atípicos, como os Jogos do Rio, sabendo que a festa passa, o megaesquema de segurança se desfaz e a violência fica no dia a dia do país.
A festa passa, o megaesquema de segurança se desfaz e a violência fica no dia a dia do país
O ministro da Justiça, Alexandre Moraes, disse que a criminalidade no Rio de Janeiro preocupa mais do que eventuais atentados terroristas nos Jogos Olímpicos que começam em duas semanas. Ambas as possibilidades, evidentemente, são preocupantes. Mas não há dúvida de que a criminalidade desenfreada que atinge não apenas o Rio de Janeiro, mas todos os Estados da federação, é a grande calamidade pública deste país – o verdadeiro terrorismo brasileiro.
Qualquer levantamento sobre violência mostra isso. Das 50 cidades com maior taxa de homicídios por 100 mil habitantes em 2015, identificadas pela ONG mexicana Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal, 21 são brasileiras. O Mapa da Violência feito pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais mostra que em 2014 o Brasil registrou 45 mil assassinatos por arma de fogo, mesmo com a redução iniciada em 2004 devido à Campanha e ao Estatuto do Desarmamento. E o pior é que esse morticínio já virou rotina. Quando 111 detentos foram fuzilados no presídio Carandiru, em São Paulo, a reação foi grande. Pois, segundo os autores do Mapa da Violência, as mortes por armas de fogo no país equivalem a um Carandiru e meio por dia. Estudo recente do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) prevê crescimento da violência até 2023, com aumento da população carcerária e expansão do tráfico de drogas.
Diagnósticos da violência e previsões pessimistas não faltam. Falta uma política eficiente de combate à impunidade, de enfrentamento das desigualdades sociais e de formação de brasileiros comprometidos com uma cultura de paz. Enquanto não atingirmos esse estágio de conscientização, vamos continuar focados em eventos atípicos, como os Jogos do Rio, sabendo que a festa passa, o megaesquema de segurança se desfaz e a violência fica no dia a dia do país.
A festa passa, o megaesquema de segurança se desfaz e a violência fica no dia a dia do país
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