EDITORIAL
Estudos recentes têm mostrado que o efeito das ações afirmativas em universidades públicas sobre o desempenho dos alunos beneficiados não é o desastre esperado pelos críticos dessas políticas.
Pelo contrário, as pesquisas indicam que os jovens favorecidos por cotas e bônus conseguem suas vagas com notas de conclusão no ensino médio similares às dos demais aprovados.
Economistas construíram dois cenários hipotéticos —com e sem cotas— para cinco universidades federais com base no Enem de 2008. Em uma simulação na qual 50% das vagas são reservadas para cotistas por critérios sociais ou raciais, as notas médias de entrada caíam, no máximo, 1% em relação a uma situação em que a política não existisse.
Analisando o caso da Unicamp, comparou-se o desempenho dos alunos que entraram em 2005 pelo sistema de bônus e o dos que perderam a vaga em consequência dessa política.
Descobriram-se notas médias muito próximas, sinal de que o mérito acadêmico dos dois grupos não divergia de modo significativo.
Estudos também têm revelado que as ações afirmativas vêm cumprindo seu papel de garantir acesso de jovens de classes sociais de menor renda ao ensino superior.
Os resultados são animadores porque indicam que é possível promover a inclusão sem comprometer a qualidade do ensino.
No entanto, outras análises são necessárias. O fato de os beneficiados terem bons resultados no segundo grau não garante que isso vá se repetir no ensino superior.
De toda maneira, a grande expansão desses programas nos últimos anos já acarretou alterações no quadro universitário do país.
Como consequência da ampliação do sistema de bônus da Unicamp, entre os matriculados em medicina e engenharia elétrica neste ano, 65,5% e 87,5% vieram de escolas públicas, respectivamente.
Dado o curto período de vigência de tais políticas, é prematura qualquer avaliação conclusiva. Com maior restrição de renda, cotistas e bonificados tendem a ser mais carentes de referências culturais, o que pode limitar seu desenvolvimento no meio universitário.
Medidas de apoio aos estudantes que encontram dificuldades são necessárias. Do contrário, corre-se o risco de os ganhos na inclusão revelarem-se pouco efetivos.
Pelo contrário, as pesquisas indicam que os jovens favorecidos por cotas e bônus conseguem suas vagas com notas de conclusão no ensino médio similares às dos demais aprovados.
Economistas construíram dois cenários hipotéticos —com e sem cotas— para cinco universidades federais com base no Enem de 2008. Em uma simulação na qual 50% das vagas são reservadas para cotistas por critérios sociais ou raciais, as notas médias de entrada caíam, no máximo, 1% em relação a uma situação em que a política não existisse.
Analisando o caso da Unicamp, comparou-se o desempenho dos alunos que entraram em 2005 pelo sistema de bônus e o dos que perderam a vaga em consequência dessa política.
Descobriram-se notas médias muito próximas, sinal de que o mérito acadêmico dos dois grupos não divergia de modo significativo.
Estudos também têm revelado que as ações afirmativas vêm cumprindo seu papel de garantir acesso de jovens de classes sociais de menor renda ao ensino superior.
Os resultados são animadores porque indicam que é possível promover a inclusão sem comprometer a qualidade do ensino.
No entanto, outras análises são necessárias. O fato de os beneficiados terem bons resultados no segundo grau não garante que isso vá se repetir no ensino superior.
De toda maneira, a grande expansão desses programas nos últimos anos já acarretou alterações no quadro universitário do país.
Como consequência da ampliação do sistema de bônus da Unicamp, entre os matriculados em medicina e engenharia elétrica neste ano, 65,5% e 87,5% vieram de escolas públicas, respectivamente.
Dado o curto período de vigência de tais políticas, é prematura qualquer avaliação conclusiva. Com maior restrição de renda, cotistas e bonificados tendem a ser mais carentes de referências culturais, o que pode limitar seu desenvolvimento no meio universitário.
Medidas de apoio aos estudantes que encontram dificuldades são necessárias. Do contrário, corre-se o risco de os ganhos na inclusão revelarem-se pouco efetivos.
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