O trabalhador que tem ensino médio consegue renda bem maior do que aquele que para no fundamental.
Cada brasileiro que conclui todo o ciclo da educação básica acumula ao longo da vida, aproximadamente, R$ 15 mil (trazidos a valores de hoje) a mais do que seus pares que ficam para trás.
O problema é que, a cada ano no país, o número dos que não avança é enorme.
Cerca de 900 mil jovens de 17 anos —espantosos 25% do total— fogem do script todos os anos, pelas mais variadas razões, e não completam o ensino médio.
Se somarmos o que todos eles deixam de ganhar, temos que o custo privado total da evasão na última etapa do ensino básico é de quase R$ 14 bilhões por ano.
Os cálculos são do especialista Ricardo Paes de Barros, economista-chefe do Instituto Ayrton Senna e professor do Insper. E ele vai além.
Com base no que indicam pesquisas internacionais, Paes de Barros também estimou o chamado "custo social do abandono" no ensino médio.
O jovem que sai da escola prematuramente tem mais chance de se envolver com violência. O gasto público com um adolescente encarcerado é muito maior do que com um aluno de ensino médio.
Esse jovem tem maior probabilidade de usar drogas, o que pressiona as despesas com saúde pública.
Ele acaba pagando menos impostos. E assim por diante.
Tudo isso entra na conta do custo social do abandono escolar pelo jovem.
Segundo Paes de Barros, se a adição de todos esses fatores como percentual da nossa renda per capita for semelhante ao verificado em outros países, temos um prejuízo de cerca de R$ 35 bilhões por ano.
Somando, portanto, o custo do abandono escolar pelo jovem para as pessoas individualmente e para a sociedade como um todo, chegamos a um prejuízo de quase R$ 50 bilhões por ano no Brasil.
Paradoxalmente, esse é o valor que o setor público do país investe anualmente no ensino médio.
Ou seja, a mesma quantia que é gasta de um lado, é perdida de outro.
Esses números ajudam a dimensionar a gravidade e a urgência do tema no Brasil.
Temos demorado —e falhado— tanto que chegamos a um ponto em que precisamos entender melhor as causas do abandono e apontar soluções para saná-las ao mesmo tempo.
Em um estudo que está conduzindo, apoiado por Instituto Unibanco, Insper, Instituto Ayrton Senna e Fundação Brava, Paes de Barros tenta identificar o que está por trás da elevada evasão escolar no Brasil.
O objetivo da pesquisa, ainda em fase preliminar, é munir os gestores educacionais com evidências que ajudem a orientá-los sobre os caminhos mais eficazes.
Até agora, Paes de Barros e sua equipe identificaram 124 práticas pedagógicas distintas que vêm sendo aplicadas pelo Brasil afora no ensino médio.
É um sinal claro de que estamos atirando para todos os lados, com muito pouca evidência comprovada da eficácia do que está sendo feito nas escolas.
Isso ajuda a explicar por que temos falhado miseravelmente com nossos jovens e por que o custo dessa falha é tão alto para o país.
Cada brasileiro que conclui todo o ciclo da educação básica acumula ao longo da vida, aproximadamente, R$ 15 mil (trazidos a valores de hoje) a mais do que seus pares que ficam para trás.
O problema é que, a cada ano no país, o número dos que não avança é enorme.
Cerca de 900 mil jovens de 17 anos —espantosos 25% do total— fogem do script todos os anos, pelas mais variadas razões, e não completam o ensino médio.
Se somarmos o que todos eles deixam de ganhar, temos que o custo privado total da evasão na última etapa do ensino básico é de quase R$ 14 bilhões por ano.
Os cálculos são do especialista Ricardo Paes de Barros, economista-chefe do Instituto Ayrton Senna e professor do Insper. E ele vai além.
Com base no que indicam pesquisas internacionais, Paes de Barros também estimou o chamado "custo social do abandono" no ensino médio.
O jovem que sai da escola prematuramente tem mais chance de se envolver com violência. O gasto público com um adolescente encarcerado é muito maior do que com um aluno de ensino médio.
Esse jovem tem maior probabilidade de usar drogas, o que pressiona as despesas com saúde pública.
Ele acaba pagando menos impostos. E assim por diante.
Tudo isso entra na conta do custo social do abandono escolar pelo jovem.
Segundo Paes de Barros, se a adição de todos esses fatores como percentual da nossa renda per capita for semelhante ao verificado em outros países, temos um prejuízo de cerca de R$ 35 bilhões por ano.
Somando, portanto, o custo do abandono escolar pelo jovem para as pessoas individualmente e para a sociedade como um todo, chegamos a um prejuízo de quase R$ 50 bilhões por ano no Brasil.
Paradoxalmente, esse é o valor que o setor público do país investe anualmente no ensino médio.
Ou seja, a mesma quantia que é gasta de um lado, é perdida de outro.
Esses números ajudam a dimensionar a gravidade e a urgência do tema no Brasil.
Temos demorado —e falhado— tanto que chegamos a um ponto em que precisamos entender melhor as causas do abandono e apontar soluções para saná-las ao mesmo tempo.
Em um estudo que está conduzindo, apoiado por Instituto Unibanco, Insper, Instituto Ayrton Senna e Fundação Brava, Paes de Barros tenta identificar o que está por trás da elevada evasão escolar no Brasil.
O objetivo da pesquisa, ainda em fase preliminar, é munir os gestores educacionais com evidências que ajudem a orientá-los sobre os caminhos mais eficazes.
Até agora, Paes de Barros e sua equipe identificaram 124 práticas pedagógicas distintas que vêm sendo aplicadas pelo Brasil afora no ensino médio.
É um sinal claro de que estamos atirando para todos os lados, com muito pouca evidência comprovada da eficácia do que está sendo feito nas escolas.
Isso ajuda a explicar por que temos falhado miseravelmente com nossos jovens e por que o custo dessa falha é tão alto para o país.
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