30 de agosto de 2017
Publicação traz o monitoramento das 5 Metas estabelecidas pelo movimento para o período 2015-2016 e artigos inéditos de especialistas em Educação
Fonte: TPE/Divulgação
Divulgação TPE
Do Todos Pela Educação
O Todos Pela Educação lança a sétima edição do relatórioDe Olho nas Metas, publicação bienal que traz o monitoramento dos indicadores das 5 Metas estabelecidas pelo movimento em 2006: 1) Toda criança e jovem de 4 a 17 anos na escola; 2) Toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos; 3) Todo aluno com aprendizado adequado ao seu ano; 4) Todo jovem de 19 anos com Ensino Médio concluído, e 5) Investimento em Educação ampliado e bem gerido.
O objetivo do relatório é mensurar e analisar a evolução de municípios, estados e da federação no que tange a acesso/atendimento, alfabetização, aprendizagem, fluxo escolar e investimento/gestão da Educação Pública brasileira. Os dados tabulados pelo movimento para as Metas 1 e 4 são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) 2015 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada em setembro de 2016. Já aMeta 2 é monitorada por dados da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A Meta 3 foi atualizada com os resultados da Prova Brasil/Saeb 2015, divulgados no segundo semestre de 2016 e a Meta 5, por fim, também utiliza dados do Inep.
“Monitorar e divulgar os dados educacionais são ações fundamentais para a formulação de políticas públicas que combatam a vergonhosa e persistente desigualdade social histórica que temos no Brasil”, afirma Priscila Cruz, presidente-executiva do Todos Pela Educação.
Os dados do novo relatório mostram que o Brasil tem hoje 40.610.137 crianças e jovens entre 4 e 17 anos matriculados nas redes de ensino, totalizando 94,2% dessa população na escola e revelando que ainda temos desafios para a universalização da Educação Básica no País. Quanto à alfabetização das crianças, segundo a ANA 2014, última edição com informações divulgadas, 77,8% dos alunos do 3º ano do Ensino Fundamental apresentaram proficiência em leitura, enquanto 65,5% eram proficientes em escrita e 42,9% eram considerados matematicamente alfabetizados.
As dificuldades na alfabetização acarretam obstáculos na aprendizagem dos anos subsequentes, como mostra o monitoramento da Meta 3: em 2015, 54,7% dos alunos do 5º ano do Ensino Fundamental apresentaram nível de aprendizado adequado em língua portuguesa, um aumento de 9,6 pontos percentuais (pp) em comparação aos resultados de 2013. Em matemática, a porcentagem foi de 42,9% – um aumento de 3,4 pp em relação à última edição. O 9º ano também apresentou melhora, principalmente em língua portuguesa, onde saltou de 28,7% para 33,9%. Em matemática, o percentual foi de 18,2% (aumento de 1,8 pp). No Ensino Médio, no entanto, os resultados seguiram estagnados: apenas 27,5% e 7,3% dos alunos terminam essa etapa de ensino sabendo o suficiente em língua portuguesa e matemática, respectivamente.
O fluxo escolar, por sua vez, apresentou leve melhora: entre 2014 e 2015, a taxa de conclusão do Ensino Médio até os 19 anos aumentou de 56,7% para 58,5% – percentual ainda bastante inferior à meta de 74,5% estabelecida pelo Todos Pela Educação. Por fim, quanto ao investimento na área educacional, os dados mais recentes mostram que, em 2014, o percentual do investimento público direto em Educação em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) foi de 5%, mantendo praticamente o mesmo percentual desde 2010.
É preciso ressaltar que os indicadores das 5 metas do relatório apresentam uma visão global do cenário educacional brasileiro, com dados por faixa etária, região, nível socioeconômico, gênero e raça/cor, revelando as grandes disparidades que existem em território nacional em todas as etapas da Educação Básica pública.
Todo o conteúdo do De Olho nas Metas 2015-2016, bem como o das edições anteriores, encontra-se disponível no site do Todos Pela Educação para download gratuito.
Artigos
A sétima edição do De Olho nas Metas ainda conta com artigos inéditos e exclusivos sobre temas fundamentais para as políticas educacionais brasileiras como acesso, tecnologia, formação docente, protagonismo juvenil e financiamento. Veja os textos dessa edição:
• Fora da escola não pode!, de Ítalo Dutra, chefe da área de Educação do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil;
• Tecnologia e formação de professores, de Beatriz Cardoso, presidente do Laboratório de Educação;
• Formação de professores e ensino de qualidade, de Aline Maria Reali, professora titular do Departamento de Teorias e Práticas Pedagógicas do Centro de Educação e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar);
• Precisamos ouvir mais os jovens, de Carolina Fernandes e Eduardo Rombauer, respetivamente coordenadora de relações governamentais do Todos Pela Educação e membro do Fórum do Amanhã e do Instituto Democracia e Sustentabilidade;
• O Fundeb como alternativa no contexto da Emenda Constitucional 95/2016, de Caio Callegari e Claudio Riyudi Tanno, respectivamente coordenador de projetos do Todos Pela Educação e consultor de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados.
O Todos Pela Educação lança a sétima edição do relatórioDe Olho nas Metas, publicação bienal que traz o monitoramento dos indicadores das 5 Metas estabelecidas pelo movimento em 2006: 1) Toda criança e jovem de 4 a 17 anos na escola; 2) Toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos; 3) Todo aluno com aprendizado adequado ao seu ano; 4) Todo jovem de 19 anos com Ensino Médio concluído, e 5) Investimento em Educação ampliado e bem gerido.
O objetivo do relatório é mensurar e analisar a evolução de municípios, estados e da federação no que tange a acesso/atendimento, alfabetização, aprendizagem, fluxo escolar e investimento/gestão da Educação Pública brasileira. Os dados tabulados pelo movimento para as Metas 1 e 4 são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) 2015 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada em setembro de 2016. Já aMeta 2 é monitorada por dados da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A Meta 3 foi atualizada com os resultados da Prova Brasil/Saeb 2015, divulgados no segundo semestre de 2016 e a Meta 5, por fim, também utiliza dados do Inep.
“Monitorar e divulgar os dados educacionais são ações fundamentais para a formulação de políticas públicas que combatam a vergonhosa e persistente desigualdade social histórica que temos no Brasil”, afirma Priscila Cruz, presidente-executiva do Todos Pela Educação.
Os dados do novo relatório mostram que o Brasil tem hoje 40.610.137 crianças e jovens entre 4 e 17 anos matriculados nas redes de ensino, totalizando 94,2% dessa população na escola e revelando que ainda temos desafios para a universalização da Educação Básica no País. Quanto à alfabetização das crianças, segundo a ANA 2014, última edição com informações divulgadas, 77,8% dos alunos do 3º ano do Ensino Fundamental apresentaram proficiência em leitura, enquanto 65,5% eram proficientes em escrita e 42,9% eram considerados matematicamente alfabetizados.
As dificuldades na alfabetização acarretam obstáculos na aprendizagem dos anos subsequentes, como mostra o monitoramento da Meta 3: em 2015, 54,7% dos alunos do 5º ano do Ensino Fundamental apresentaram nível de aprendizado adequado em língua portuguesa, um aumento de 9,6 pontos percentuais (pp) em comparação aos resultados de 2013. Em matemática, a porcentagem foi de 42,9% – um aumento de 3,4 pp em relação à última edição. O 9º ano também apresentou melhora, principalmente em língua portuguesa, onde saltou de 28,7% para 33,9%. Em matemática, o percentual foi de 18,2% (aumento de 1,8 pp). No Ensino Médio, no entanto, os resultados seguiram estagnados: apenas 27,5% e 7,3% dos alunos terminam essa etapa de ensino sabendo o suficiente em língua portuguesa e matemática, respectivamente.
O fluxo escolar, por sua vez, apresentou leve melhora: entre 2014 e 2015, a taxa de conclusão do Ensino Médio até os 19 anos aumentou de 56,7% para 58,5% – percentual ainda bastante inferior à meta de 74,5% estabelecida pelo Todos Pela Educação. Por fim, quanto ao investimento na área educacional, os dados mais recentes mostram que, em 2014, o percentual do investimento público direto em Educação em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) foi de 5%, mantendo praticamente o mesmo percentual desde 2010.
É preciso ressaltar que os indicadores das 5 metas do relatório apresentam uma visão global do cenário educacional brasileiro, com dados por faixa etária, região, nível socioeconômico, gênero e raça/cor, revelando as grandes disparidades que existem em território nacional em todas as etapas da Educação Básica pública.
Todo o conteúdo do De Olho nas Metas 2015-2016, bem como o das edições anteriores, encontra-se disponível no site do Todos Pela Educação para download gratuito.
Artigos
A sétima edição do De Olho nas Metas ainda conta com artigos inéditos e exclusivos sobre temas fundamentais para as políticas educacionais brasileiras como acesso, tecnologia, formação docente, protagonismo juvenil e financiamento. Veja os textos dessa edição:
• Fora da escola não pode!, de Ítalo Dutra, chefe da área de Educação do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil;
• Tecnologia e formação de professores, de Beatriz Cardoso, presidente do Laboratório de Educação;
• Formação de professores e ensino de qualidade, de Aline Maria Reali, professora titular do Departamento de Teorias e Práticas Pedagógicas do Centro de Educação e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar);
• Precisamos ouvir mais os jovens, de Carolina Fernandes e Eduardo Rombauer, respetivamente coordenadora de relações governamentais do Todos Pela Educação e membro do Fórum do Amanhã e do Instituto Democracia e Sustentabilidade;
• O Fundeb como alternativa no contexto da Emenda Constitucional 95/2016, de Caio Callegari e Claudio Riyudi Tanno, respectivamente coordenador de projetos do Todos Pela Educação e consultor de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados.
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* SOBRE AS METAS DO TODOS PELA EDUCAÇÃO
O TPE definiu 5 Metas para que até 2022, ano do bicentenário da independência do país, o Brasil garanta a todas as crianças e jovens o direito à Educação de qualidade. São elas:
- Toda criança e jovem de 4 a 17 anos na escola
- Toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos
- Todo aluno com aprendizado adequado ao seu ano
- Todo jovem de 19 anos com Ensino Médio concluído
- Investimento em Educação ampliado e bem gerido
Também foram definidas pelo movimento metas intermediárias para permitir um acompanhamento periódico dos indicadores. Neste ano, a metodologia utilizada para o monitoramento da Meta 1 foi revista: passaram a ser contados no cálculo do indicador, crianças e jovens que completaram a idade adequada para o ingresso em cada ano escolar até 31 de março do ano corrente, e não mais até 30 junho, conforme a Resolução nº 1/2010 da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CEB/CNE). Na taxa passaram a ser excluídos da população de 4 a 17 anos, aqueles que já concluíram o Ensino Médio. A mudança é retroativa, e os indicadores referentes aos anos anteriores podem ser conferidos no site do TPE (www.todospelaeducacao.org.br), em “Indicadores”.
O TPE definiu 5 Metas para que até 2022, ano do bicentenário da independência do país, o Brasil garanta a todas as crianças e jovens o direito à Educação de qualidade. São elas:
- Toda criança e jovem de 4 a 17 anos na escola
- Toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos
- Todo aluno com aprendizado adequado ao seu ano
- Todo jovem de 19 anos com Ensino Médio concluído
- Investimento em Educação ampliado e bem gerido
Também foram definidas pelo movimento metas intermediárias para permitir um acompanhamento periódico dos indicadores. Neste ano, a metodologia utilizada para o monitoramento da Meta 1 foi revista: passaram a ser contados no cálculo do indicador, crianças e jovens que completaram a idade adequada para o ingresso em cada ano escolar até 31 de março do ano corrente, e não mais até 30 junho, conforme a Resolução nº 1/2010 da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CEB/CNE). Na taxa passaram a ser excluídos da população de 4 a 17 anos, aqueles que já concluíram o Ensino Médio. A mudança é retroativa, e os indicadores referentes aos anos anteriores podem ser conferidos no site do TPE (www.todospelaeducacao.org.br), em “Indicadores”.
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