29 de junho de 2016

Cerca de 29 jovens são assassinados por dia no Brasil, aponta estudo







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Criança morta em SP após perseguição policial; homicídios de jovens cresce no país
Italo, 10, morto em SP após perseguição policial; homicídios de jovens cresce no país, diz estudo
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Cerca de 29 crianças e adolescentes foram assassinados por dia no Brasil em 2013. No total, 10.520 jovens com idade entre 1 e 19 anos foram assassinados naquele ano. É o que mostra o mais recente relatório "Violência Letal Contra as Crianças e Adolescentes do Brasil", que será lançado nesta quinta-feira (30).
O relatório foi elaborado pelo pesquisador Julio Jacobo Waiselfisz, da Flacso (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais), em parceria com o Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e o Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente), do Governo Federal.
O dados do estudo são de 2013 por serem os últimos consolidados do Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde, explica Waiselfisz.
O estudo traz dados desde 1980. Enquanto o total de mortes por causas naturais de jovens entre 1 e 19 anos vem caindo ano a ano, o mesmo não acontece com as mortes por causas externas (acidentes, homicídios, suicídios etc.).





Estudo mostra que país tem 29 homicídios de crianças e adolescentes por dia

Wellington Ramalhoso
Do UOL, em São Paulo


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    Italo foi morto pela Polícia Militar de São Paulo depois de furtar carro
    Italo foi morto pela Polícia Militar de São Paulo depois de furtar carro
Os assassinatos dos meninos Italo, 10, e Waldik, 11, neste mês de junho na cidade de São Paulo realçam um problema que tem números alarmantes no Brasil: a violência contra crianças e adolescentes. Um estudo divulgado nesta quinta-feira (30) mostra que o país ocupa o terceiro lugar em homicídios nessa faixa etária em um conjunto de 85 nações analisadas. Em 2013, último ano com dados disponíveis, foram assassinados 10.520 crianças e adolescentes no Brasil, o que resulta em uma média de 29 casos por dia.
A maioria das vítimas era negra, do sexo masculino e foi atingida por disparo de arma de fogo. "É um número bárbaro, extremamente elevado", afirma o sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, autor do estudo e coordenador do Programa de Estudos sobre Violência da Flacso (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais), responsável pela série Mapa da Violência.
O estudo tem como base dados do Sistema de Informações de Mortalidade, do Ministério da Saúde, e compila estatísticas disponíveis desde 1980.
Jacobo frisa que, apesar de os números serem chocantes, o ritmo de crescimento da violência contra crianças e adolescentes vinha caindo. De acordo com o estudo, a alta dos homicídios foi de 174% na década de 1980, baixou para 63% na década de 1990 e para 7% na primeira década do século 21.
Os números totais de assassinatos apresentaram um declínio entre 2003 e 2010, mas voltaram a subir continuamente desde então. A alta de 2010 a 2013 foi de 21%. As causas naturais ainda são as maiores responsáveis pelas mortes de crianças e adolescentes, mas vêm caindo com constância.





A participação dos homicídios no total de mortes de crianças e adolescentes no país subiu de 9% em 2003 para 14% em 2013. No entanto, o ritmo de crescimento dessa participação caiu de 365% na década de 1980 para 56% na década passada e para 20% no período de 2010 a 2013.
Na avaliação do pesquisador da Flacso, políticas públicas como a campanha do desarmamento implantadas desde o início do século são as responsáveis pela contenção do ritmo de aumento da violência. A sociedade brasileira, afirma Jacobo, começou a se conscientizar de que o país é violento.

Por idade

Os dados de 2013 mostram que as mortes por causas externas superam as provocadas por causas naturais a partir dos 14 anos de idade e atingem o pico em termos proporcionais no final da adolescência.
"A principal causa responsável por esse incremento drástico nas causas externas são os homicídios que, representando algo em torno de 2,5% do total de mortes até os 11 anos de idade das vítimas, inicia um violento crescimento na entrada da adolescência, aos 12 anos de idade, quando pula para 6,7% do total de mortes; para 14,0%, aos 13 anos, para 25,1%, aos 14, e assim seguindo, até alcançar seu pico de participação, aos 17 anos de idade, quando atinge a marca de 48,2% da mortalidade", aponta Jacobo no Relatório Violência Letal Contra as Crianças e Adolescentes do Brasil.
Com uma taxa de 4,3 homicídios por cem mil habitantes, o Brasil é o terceiro país mais violento para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos em uma lista de 85 nações. E fica na mesma posição, com uma taxa 16,3, na faixa de 1 a 19 anos. Nas duas situações, o Brasil só não é mais violento que o México e El Salvador, de acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde).

Estados e capitais

Em números absolutos, a Bahia teve o maior número de assassinatos de crianças e adolescentes em 2013, com 1.171 casos. Entretanto, a taxa por cem mil habitantes mais alta é a de Alagoas, com 43 homicídios, o que representou um aumento de 193% em relação a 2003, quando o Estado era o sétimo mais violento para crianças e adolescentes – na época, o Rio tinha o índice mais elevado.
Entre as capitais, Fortaleza (CE) tem as estatísticas mais altas, tanto em números absolutos (651) quanto na taxa por cem mil habitantes (81). Em 2003, a capital cearense era a terceira menos letal para crianças e adolescentes. Em dez anos, sua taxa por cem mil habitantes cresceu 756%.
Segundo Julio Jacobo, ainda há subnotificação dos casos de homicídios. O problema, atualmente, diz o sociólogo, é que Estados registram muitas mortes sem determinar suas causas. Na Bahia, por exemplo, 4,2 das mortes de crianças e adolescentes de 1 a 19 por cem mil habitantes não tiveram a causa determinada no registro.
Para o autor do relatório, o crescimento da violência no interior do Brasil e em regiões como o Nordeste reflete um descompasso entre o desenvolvimento econômico e a estrutura do Estado, que tem fragilidades na área da segurança pública. "Os novos polos de crescimento atraem investimento, mas também atraem marginalidade. Têm dinheiro, têm bancos, mas a estrutura do aparelho do Estado não acompanha esse processo de modernização", afirma Jacobo. 

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Em relação à população brasileira, a taxa de mortes por causas externas de crianças e adolescentes por 100 mil jovens está acima de 30 desde 2007, e foi o terceiro maior valor em 2013 –34,1 mortes por 100 mil jovens.
A quantidade de homicídios de jovens é o fator que mais contribui para a alta taxa, e vem crescendo a cada ano. Se houve 1.825 assassinatos nesta categoria em 1980, o número foi saltando para 5.004 em 1990, 8.132 em 2000 e 10.520 em 2013.
Segundo Waiselfisz, o fato pode ser explicado pelo desenvolvimento da economia brasileira.
A melhoria na saúde pública reduziu a incidência de mortes por causas naturais. Ao mesmo tempo, houve um processo de descentralização da economia, sobretudo a partir dos anos 1980, levando desenvolvimento para o interior do país e fazendo crescer cidades como Ananindeua (PA), Arapiraca (AL) e Sinop (MT), diz Waiselfisz.
"Também houve aumento da criminalidade nessas cidades médias e houve uma interiorização da violência nacional. A estrutura de segurança não acompanhou a modernização do aparelho criminal", explica o pesquisador.
Por região, as maiores taxas de homicídio de jovens estão no Nordeste (22,6 mortes por 100 mil jovens), Centro-Oeste (20,6) e Norte (16). Os Estados onde mais se mata jovens são Alagoas (43,3 mortes por 100 mil jovens), Espírito Santo (37,3) e Ceará (33,7). A média do país é de 16,3 mortes por 100 mil jovens.
O Brasil é o terceiro país que mais mata seus jovens nesta faixa etária entre os 85 analisados pela pesquisa (com dados da Organização Mundial de Saúde). Fica apenas atrás do México e de El Salvador, na quantidade de homicídios de acordo com a população.
De forma proporcional à população, crianças e adolescentes negros com idades entre 1 e 17 anos são vítimas de homicídios até 178% mais do que brancos, mostra a pesquisa.

Pesquisa revela que Alagoas teve 541 crianças e jovens assassinados em 2013

Arquivo/JBnotícias
Pesquisa revela que AL teve 541 jovens assassinados em 2013
A Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flasco) divulgou nesta quinta-feira, 30, uma pesquisaonde mostra que Alagoas teve o maior número de casos de violência letal contra jovens no país em 2013.
A análise mostrou uma proporção que chegou a 43,3 mortes a cada 100 mil habitantes, totalizando 541 homicídios de pessoas com idade igual ou abaixo de 19 anos. Destacando também que 91,2% das vítimas foram mortas por arma de fogo.
De acordo com o governador Renan Filho, Alagoas obteve uma grande transformação na segurança que pode ser percebida facilmente.
"É importante lembrar que ele [Mapa da Violência] tem 2 anos de defasagem. A grande transformação que Alagoas vive na Segurança hoje é vista a olhos vivos. Maceió, de novo esse mês, vai reduzir cerca de 30% o número de homicídios. Talvez sejamos nós o único estado do Nordeste que reduz violência", comentou o governador de Alagoas, Renan Filho.
O governador ressaltou também que quando o Mapa da Violência sair no ano seguinte, Alagoas deverá exibir a maior redução de violência país. 
SUICÍDIOS E TRÂNSITO
A taxa de suicídio de jovens entre 1 e 19 anos no Brasil é de 1,2 mortes para cada 100 mil jovens. Foram 788 casos em 2013. A maior parte dos casos está dos 16 aos 19 anos.
Os Estados com mais incidência são Mato Grosso do Sul (5,2 casos em 100 mil jovens), Amazonas (4) e Amapá (3,2). Nas capitais, os casos acontecem mais em Macapá, Aracaju e Manaus.
O crescimento da taxa de suicídio (eram 0,8 por 100 mil em 1980) também se deve ao desenvolvimento da sociedade, diz Waiselfisz. "O suicídio é um instrumento de autopunição de países mais desenvolvidos, como Japão. Sinal de uma crise individual. Mas não somos um país suicida, temos uma taxa muito baixa", afirma o pesquisador.
O Brasil está ainda entre os países que mais matam crianças e adolescentes no trânsito, mostra o relatório. A taxa, contudo, caiu 6,4% desde 2010, e está no mesmo patamar de 1980: 8,1 casos por 100 mil jovens.
CRISE ECONÔMICA
Os dados, de 2013, mostram um país antes de entrar em recessão econômica. Waiselfisz, contudo, acredita que a crise afeta pouco o cenário. "Não há relação clara entre crise econômica e aumento no número de homicídios", diz ele. "O que pode haver é crescimento na taxa de suicídios, porque o jovem não consegue emprego, e piora na qualidade dos serviços públicos, como a saúde."








Marie Claire recebe mais de 1.200 relatos de estupro em um mês

Os depoimentos reforçam as estatísticas já divulgadas sobre estupro. A maioria dos casos acontecem dentro de casa e na infância ou adolescência


Marie Claire recebeu mais de 1.200 relatos de estupro (Foto: Thinkstock)
Há um mês, Marie Claire iniciou uma campanha contra àcultura do estupro e abriu um canal para que receberrelatos sobre violência sexualcom o intuito de publicar 33, referência ao abominável caso da adolescente no Rio.

Segundo o Mapa da Violência70% das vítimas são crianças e adolescentes; 24% dos agressores são pais ou padrastos; 32%, amigos ou conhecidos. De acordo com a ONU, uma em cada dez mulheres jovens foi vítima de estupro ou violação até os 20 anos.Em 30 dias, foram enviadas 1.264 mensagens, o formulário para recebimento dos relatos foi encerrado nesta quinta-feira (30). Segundo o Ipea, 500 mil casos de estupro acontecem anualmente no Brasil e apenas 50 mil são denunciados. Em nosso formulário de envio de relatos, apenas 8,1% das vítimas procuraram as autoridades.


Estudo coloca o Espírito Santo como segundo em homicídios de pessoas de até 19 anos


30/06/2016às 17:07
Nesta quinta-feira (30) foi lançado o estudo “Violência letal contra crianças e adolescentes no Brasil”, produzido pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) em parceria com a Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente e coordenado pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz.

Apesar de ter sido lançado nesta quinta-feira, o relatório data de 2015 e tem como ano-base 2013.

Segundo o estudo, o Estado está em segundo lugar dentre aqueles com maior taxa de homicídios de pessoas com até 19 anos de idade, com 37,3 mortes por grupo de 100 mil habitantes, perdendo apenas para Alagoas, que registrou 43,3 mortes por 100 mil naquele ano.

Na série histórica (entre 2003 e 2013), o Estado observou variação positiva de 65,1% na taxa de homicídios desta parcela da população e ouve aumento dessas mortes entre 2012 e 2013 de 8,2%. O Espírito Santo saiu do 3º mais violento para crianças e adolescentes em 2003 para o segundo em 2013.

Apesar da divulgação do estudo, não é possível saber se a estatística de mortes de pessoas com idades até 19 anos continua alta, uma vez que a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) não divulga os dados de homicídios de maneira detalhada, ou seja, não constam dos dados consolidados de mortes violentas a idade da vítima e a cor de pele. A reportagem de Século Diário demandou os dados à secretaria, mas não houve resposta até o fechamento desta matéria.

Entre adolescentes de 16 e 17 anos, o índice de mortes violentas é ainda mais alarmante.  Há um ano, em 30 de junho de 2015, foi divulgado o Mapa da Violência 2015 – adolescentes de 16 e 17 no Brasil e os resultados desse estudo foram reeditados no relatório divulgado nesta quinta-feira.

O estudo analisa a evolução da violência letal dirigida a adolescentes, que são o foco da atual discussão sobre a maioridade penal. De acordo com o Mapa (e também no estudo lançado nesta quinta-feira), no ano de 2013, a taxa de homicídios entre jovens de 16 e 17 anos no Estado foi de 140,6 mortes por grupo de 100 mil habitantes, o que coloca o Espírito Santo na segunda colocação nacional deste tipo de violência, atrás apenas de Alagoas, que registrou taxa de 147 mortes por 100 mil.

Analisando uma década (entre 2003 e 2013) é possível concluir que as mortes de adolescentes de 16 e 17 anos crescem anualmente. Neste caso, o Estado era o segundo mais violento para estes adolescentes em 2003, com taxa de 87,6 mortes por grupo de 100 mil e continuou sendo o segundo mais violento em 2013, mas com taxa de 140,6 mortes por 100 mil, considerada uma epidemia de mortes nesta parcela da população. A variação na taxa em uma década ficou em 72,8%.

Os dados do relatório mostram que, enquanto os homicídios entre a população geral estão em redução, entre grupos mais vulneráveis a violência continua com índices inaceitáveis.

De acordo com o levantamento, a taxa de homicídios entre adolescentes de 16 e 17 anos negros ficou em 177,6 em 2013, enquanto a de brancos ficou em 50,7. Entre a população até 17 anos, em 2013 a taxa de homicídios de negros ficou em 30 mortes por 100 mil e a de brancos em 9,4.

O relatório também apresenta o levantamento de atendimentos no Sistema Único de Saúde (SUS) a pessoas até 17 anos. No Estado, em 2014, 40,5% dos atendimentos e crianças e adolescentes com até 17 anos foram referentes a violência física, 27,1% a violência sexual, 12,1% psicológica e 8% violência ou abandono.

Municípios

O Estado tem oito municípios dentre os 100 mais do País com maior média de homicídios de crianças e adolescentes de até 19 anos no período compreendido entre 2009 e 2013 – considerando aqueles com mais de 25 mil crianças e adolescentes. Segundo o estudo, Serra é o mais violento do Estado e o 7° do Brasil com taxa média de 71,1 mortes por grupo de 100 mil; seguido por Vitória, que apresentou taxa de 60,5 e é o 10º mais violento do País; Vila Velha (51); Cariacica (50,3); São Mateus, no norte do Estado, com 47; Linhares, também na região norte, com 44,1; Aracruz, com 30,4; e Guarapari, com 27,5.

O estudo conclui que as causas externas de mortalidade de crianças e adolescentes vêm crescendo ao longo do tempo, na contramão das causas naturais, que caíram de forma contínua e acentuada nas três últimas décadas. Essa queda é explicada pelos avanços na cobertura educacional e do sistema de saúde; do saneamento básico e da melhoria das condições de vida da população, dentre diversos outros fatores, a mortalidade por causas naturais evidenciou um drástico declínio: entre 1980 e 2013, as taxas caíram 78,5%.

“No entanto, as causas externas crescem 22,4%, fundamentalmente, pela escalada de um flagelo que se transformou, ao longo dos anos, na maior causa de letalidade de nossas crianças e adolescentes: a violência homicida – e numa magnitude, numa escala, que resulta total e absolutamente inadmissível, sem a menor justificativa”, diz o relatório. 
O sociólogo Júlio Jacobo Waiselfisz questiona os homicídios nesta parcela vulnerável da população. “Se o assassinato de qualquer ser humano, seja criança, adolescente, jovem, adulto ou idoso já é inaceitável, que qualificativo merecem muitas de nossas taxas de homicídio que superam, de longe, o que é considerado nível epidêmico; que superam, também de longe, o que é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma pandemia mundial?”

La tasa de muertes violentas de jóvenes en Brasil crece un 576 por ciento desde 1980

Río de Janeiro, 30 jun (EFE).- El número de niños y adolescentes muertos por causas violentas en Brasil aumentó un 576,4 % en tres décadas, desde 1.825 en 1980 hasta 10.520 en 2013, con 34,1 asesinatos por cada 100.000 jóvenes, según un estudio divulgado hoy por la Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales (Flacso).

BRASIL VIOLENCIA | 30 de Junio de 2016, Diario de las Americas, Miami
La tasa de muertes violentas de jóvenes en Brasil crece un 576 por ciento desde 1980
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Por regiones, el estado de Alagoas, en el nordeste del país, es donde la vida de los jóvenes corre más peligro al registrar una tasa de 43,3 homicidios, en este caso por cada 100.000 personas de hasta 19 años de edad. EFE/Archivo
Río de Janeiro, 30 jun (EFE).- El número de niños y adolescentes muertos por causas violentas en Brasil aumentó un 576,4 % en tres décadas, desde 1.825 en 1980 hasta 10.520 en 2013, con 34,1 asesinatos por cada 100.000 jóvenes, según un estudio divulgado hoy por la Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales (Flacso).
El informe "Violencia letal contra los niños y adolescentes de Brasil" recoge datos hasta 2013 por ser los últimos consolidados en las estadísticas del Ministerio de Salud y apunta que en ese último año murieron en el país hasta 29 jóvenes al día.
Esta tendencia al alza ha supuesto que desde 2007 todos los años se hayan registrado tasas de mortandad por causas violentas por encima de los 30 casos por cada 100.000 jóvenes.
Esta violencia afecta especialmente a los jóvenes negros, que sufren una tasa de homicidios hasta un 178 % superior a la de los blancos menores de 18 años.
Según la información divulgada por la Flacso, que incluye datos recopilados por la Organización Mundial de la Salud (OMS) en 85 países, entre 2010 y 2013, entre los países analizados, Brasil es el tercero con la mayor tasa de homicidios de jóvenes, por detrás de México y El Salvador.
Por regiones, el estado de Alagoas, en el nordeste del país, es donde la vida de los jóvenes corre más peligro al registrar una tasa de 43,3 homicidios, en este caso por cada 100.000 personas de hasta 19 años de edad.
Los estados de Espírito Santo y Ceará, ambos en la zona este del país, serían los siguientes clasificados en esa estadística, con 37,3 y 33,7 asesinatos por cada 100.000 jóvenes.
En el otro extremo se encuentran los estados de Santa Catarina y Sao Paulo, ubicados en el sur de Brasil, la más desarrollada del país, con 5,7 y 6,3 muertes violentas por cada 100.000 jóvenes.
El estudio de la Flacso también muestra que en 2013 se registraron hasta 788 suicidios entre personas menores de 19 años.
Este dato implica una tasa de 1,2 suicidios por cada 100.000 jóvenes, muy por encima de la tasa del 0,8 registrada en 1980.




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