Tecnologia na escola é inevitável. O aluno já está imerso na vida digital fora da sala. O desafio é usar a ferramenta de forma a fazer sentido para o professor, a criança e o conhecimento, sem ceder ao fetiche que dispositivos eletrônicos despertam, dizem educadores.
O movimento "high-tech" faz escolas substituírem cadernos por telas sensíveis ao toque e estimularem a interação com robôs. Por outro lado, não faltam instituições fiéis a métodos de ensino tradicionais, que se mantêm distantes desses recursos.
No Móbile, em Moema, um aplicativo para tablet auxilia na alfabetização. Na tela, o professor acompanha em tempo real os avanços de cada aluno. "Isso permite que ele identifique onde estão as dificuldades e preste atendimento personalizado", diz o físico Júlio Ribeiro, coordenador de tecnologia educacional do colégio.
Os tablets também servem para controlar o robô Dash, parceiro da turma no início do ensino fundamental. Desenvolvido pela empresa norte-americana Wonder Workshop, ele ensina programação básica aos estudantes.
A escola usa o Canvas, plataforma on-line onde são disponibilizados os materiais de cada disciplina, como textos e questionários. Pelo aplicativo de celular, o aluno pode se conectar à escola o dia todo e acessar as atividades propostas pelos professores de qualquer lugar. Mais ou menos como o executivo de uma empresa, plugado no trabalho esteja onde estiver?
A educadora Renata Perin, da escola Te-Arte, acha que sim. "As crianças estão mais sobrecarregadas. O ideal é deixá-las mais livres até os sete anos. A partir daí, as primeiras cobranças podem aparecer", defende.
Na escola de educação infantil onde Perin trabalha, longe de tablets e internet, 79 crianças aprendem a ler e a escrever interagindo com animais, fazendo seus brinquedos e se sujando na terra.
Salas de aula tradicionais não existem. É no quintal tomado por árvores frutíferas que elas são estimuladas a desenvolver a cognição.
"Desse jeito a criança ganha com mais facilidade as capacidades de criar e se readaptar em qualquer circunstância", afirma a pedagoga capixaba Thereza Pagani, 85, criadora do método que privilegia a brincadeira. Ela segue à frente da unidade escolar há mais de 40 anos.
Já o Colégio Visconde de Porto Seguro, no Morumbi, tem há um ano o selo "Apple Distinguished School" (escola notável da Apple, em tradução livre), dado a instituições que usam com excelência as ferramentas da marca para fins pedagógicos.
O espaço de criação digital da escola tem uma impressora 3D onde alunos podem, por exemplo, imprimir um feudo medieval após uma aula de história sobre o tema.
No Colégio Santa Maria, alunos do terceiro ano do fundamental aprendem planejamento urbano jogando a versão para tablet de "SimCity". Duplas administram cidades e passam a gestão para outros alunos na aula seguinte.
"Não usamos a tecnologia para fazer o que pode ser feito no papel. Queremos que o aluno produza coisas novas", diz Muriel Alves, professor de computação, do Santa Maria.
O movimento "high-tech" faz escolas substituírem cadernos por telas sensíveis ao toque e estimularem a interação com robôs. Por outro lado, não faltam instituições fiéis a métodos de ensino tradicionais, que se mantêm distantes desses recursos.
No Móbile, em Moema, um aplicativo para tablet auxilia na alfabetização. Na tela, o professor acompanha em tempo real os avanços de cada aluno. "Isso permite que ele identifique onde estão as dificuldades e preste atendimento personalizado", diz o físico Júlio Ribeiro, coordenador de tecnologia educacional do colégio.
Os tablets também servem para controlar o robô Dash, parceiro da turma no início do ensino fundamental. Desenvolvido pela empresa norte-americana Wonder Workshop, ele ensina programação básica aos estudantes.
A escola usa o Canvas, plataforma on-line onde são disponibilizados os materiais de cada disciplina, como textos e questionários. Pelo aplicativo de celular, o aluno pode se conectar à escola o dia todo e acessar as atividades propostas pelos professores de qualquer lugar. Mais ou menos como o executivo de uma empresa, plugado no trabalho esteja onde estiver?
A educadora Renata Perin, da escola Te-Arte, acha que sim. "As crianças estão mais sobrecarregadas. O ideal é deixá-las mais livres até os sete anos. A partir daí, as primeiras cobranças podem aparecer", defende.
Na escola de educação infantil onde Perin trabalha, longe de tablets e internet, 79 crianças aprendem a ler e a escrever interagindo com animais, fazendo seus brinquedos e se sujando na terra.
Salas de aula tradicionais não existem. É no quintal tomado por árvores frutíferas que elas são estimuladas a desenvolver a cognição.
"Desse jeito a criança ganha com mais facilidade as capacidades de criar e se readaptar em qualquer circunstância", afirma a pedagoga capixaba Thereza Pagani, 85, criadora do método que privilegia a brincadeira. Ela segue à frente da unidade escolar há mais de 40 anos.
Já o Colégio Visconde de Porto Seguro, no Morumbi, tem há um ano o selo "Apple Distinguished School" (escola notável da Apple, em tradução livre), dado a instituições que usam com excelência as ferramentas da marca para fins pedagógicos.
O espaço de criação digital da escola tem uma impressora 3D onde alunos podem, por exemplo, imprimir um feudo medieval após uma aula de história sobre o tema.
No Colégio Santa Maria, alunos do terceiro ano do fundamental aprendem planejamento urbano jogando a versão para tablet de "SimCity". Duplas administram cidades e passam a gestão para outros alunos na aula seguinte.
"Não usamos a tecnologia para fazer o que pode ser feito no papel. Queremos que o aluno produza coisas novas", diz Muriel Alves, professor de computação, do Santa Maria.
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