Revista Pesquisa Fapesp | BR
Pesquisa FAPESP - -->Os relatos apresentados neste encarte mostram como o pensamento de Albert Einstein se formou, se consolidou e se espraiou para muito além da física. E com uma contribuição do Brasil. Um desvio da trajetória da luz observado no eclipse solar em 1919 em Sobral, no interior do Ceará e também na África Ocidental , foi decisivo para dar credibilidade à teoria geral da relatividade e conferir prestígio a seu autor. Poucos anos depois o próprio Einstein esteve no país, especificamente no Rio de Janeiro, quando realizou um pequeno périplo pela América do Sul em 1925. No primeiro dia achou tudo maravilhoso, mas na volta para a Alemanha, quase dois meses depois, após passar por Buenos Aires e Montevidéu, não suportava mais o calor, a comida e as numerosas homenagens, contou o historiador da ciência Alfredo Tolmasquim em uma das apresentações.
Este segundo encarte, de três, faz parte da programação paralela da exposição Einstein, no pavilhão Armando Arruda Pereira, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo.
Os eventos são uma parceria do Instituto Sangari com Pesquisa FAPESP. Nas palestras, não só físicos mas também filósofos, antropólogos e pedagogos, entre outros representantes das ciências humanas, compareceram momentaneamente munidos de uma linguagem simples, para dialogar com a platéia e mostrar como a obra de Einstein influenciou suas respectivas áreas de trabalho. Na antropologia, o físico alemão inspirou o relativismopop, uma espécie de niilismo, como definiu o antropólogo Mauro Almeida. O teatro também tem sua maneira própria de lidar com o tempo, que no palco resulta da organização dos elementos de cada cena, como explicou o diretor teatral Sérgio de Carvalho.
Já o pedagogo Lino de Macedo mostrou como Einstein motivou o psicólogo suíço Jean Piaget a pensar o tempo da aprendizagem, em especial o das crianças. A força do físico alemão chegou a campos ainda menos imaginados como o ativismo social contra as disparidades sociais nos Estados Unidos no início do século XX.
O historiador da ciência Olival Freire contou em sua apresentação que o FBI, a agência norte-americana de investigações, quase expulsou o cientista dos Estados Unidos sob acusação de espionagem para a hoje extinta União Soviética.
O filósofo Silvio Chibeni mostrou que Einstein lançou também as bases de uma nova área da física, a mecânica quântica. Curiosamente, às vezes ele próprio desconfiava das implicações de suas teorias. O físico George Matsas comentou que Einstein morreu aos 76 anos, em 1955, possivelmente sem acreditar em buracos negros, corpos celestes extremamente compactos, dotados de um campo gravitacional descomunal a ponto de atrair até mesmo a luz, e previstos na teoria da relatividade geral, de 1915.
Os vídeos de cinco minutos com os principais momentos de cada apresentação e o texto sobre elas estão no site de Pesquisa FAPESP (www.revistapesquisa.fapesp.br).
Lá se encontram também os resumos, os vídeos e as íntegras das palestras complementares à exposiçãoRevolução genômica, que representaram a primeira experiência da revista em ampliar o debate sobre a ciência no Brasil e no mundo.
Este segundo encarte, de três, faz parte da programação paralela da exposição Einstein, no pavilhão Armando Arruda Pereira, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo.
Os eventos são uma parceria do Instituto Sangari com Pesquisa FAPESP. Nas palestras, não só físicos mas também filósofos, antropólogos e pedagogos, entre outros representantes das ciências humanas, compareceram momentaneamente munidos de uma linguagem simples, para dialogar com a platéia e mostrar como a obra de Einstein influenciou suas respectivas áreas de trabalho. Na antropologia, o físico alemão inspirou o relativismopop, uma espécie de niilismo, como definiu o antropólogo Mauro Almeida. O teatro também tem sua maneira própria de lidar com o tempo, que no palco resulta da organização dos elementos de cada cena, como explicou o diretor teatral Sérgio de Carvalho.
Já o pedagogo Lino de Macedo mostrou como Einstein motivou o psicólogo suíço Jean Piaget a pensar o tempo da aprendizagem, em especial o das crianças. A força do físico alemão chegou a campos ainda menos imaginados como o ativismo social contra as disparidades sociais nos Estados Unidos no início do século XX.
O historiador da ciência Olival Freire contou em sua apresentação que o FBI, a agência norte-americana de investigações, quase expulsou o cientista dos Estados Unidos sob acusação de espionagem para a hoje extinta União Soviética.
O filósofo Silvio Chibeni mostrou que Einstein lançou também as bases de uma nova área da física, a mecânica quântica. Curiosamente, às vezes ele próprio desconfiava das implicações de suas teorias. O físico George Matsas comentou que Einstein morreu aos 76 anos, em 1955, possivelmente sem acreditar em buracos negros, corpos celestes extremamente compactos, dotados de um campo gravitacional descomunal a ponto de atrair até mesmo a luz, e previstos na teoria da relatividade geral, de 1915.
Os vídeos de cinco minutos com os principais momentos de cada apresentação e o texto sobre elas estão no site de Pesquisa FAPESP (www.revistapesquisa.fapesp.br).
Lá se encontram também os resumos, os vídeos e as íntegras das palestras complementares à exposiçãoRevolução genômica, que representaram a primeira experiência da revista em ampliar o debate sobre a ciência no Brasil e no mundo.
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