7 de março de 2013

Secretária nacional de Segurança nega disseminação pelo país de mortes violentas


BRASÍLIA - A secretaria nacional de Segurança Pública, Regina Miki, reagiu à parte das conclusões do Mapa da Violência 2013, que aponta a "nacionalização" de homicídios por armas de fogo no país e o crescimento das mortes violentas sobretudo nas regiões Norte e Nordeste entre 2000 e 2010. Segundo afirmou a secretária nesta quinta-feira, as altas taxas de mortes violentas têm sido registradas em 400 dos mais de 5 mil municípios do país e por isso, não seria correto dar uma dimensão nacional ao problema. O mapa, produzido pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela) informa que 36.792 pessoas foram assassinadas em 2010. O número representa uma média de 20,4 assassinados para cada 100 mil habitantes, o dobro dos 10 por 100 mil considerados toleráveis pela Organização das Nações Unidas (ONU).
- Quando se fala em nacionalização dá a impressão que o país está em guerra. E não está. Eu ando pelo Rio de Janeiro e me sinto segura - disse Regina.


A secretária reconheceu, no entanto, o crescimento da violência em estados do Norte e Nordeste. Três dos cinco dos estados considerados mais violentos em 2010 são do Nordeste: Alagoas, Paraíba e Bahia. Segundo ela, o governo federal já conhecia os números gerais usados no Mapa da Violência e, não por acaso, lançou o programa Brasil Mais Seguro em Alagoas ano passado. O estado aparece no topo do ranking da violência com uma taxa de 55,3 homicídios por arma de fogo por grupo de 100 mil habitantes.
Regina afirma que, seis meses após o lançamento do programa federal em parceria com o governo estadual, as mortes violentas tiveram uma queda de 16%. O programa deve ser lançado na Paraíba nas próximas semanas e em pelo menos mais dois estados no segundo semestre deste ano. O programa prevê o acompanhamento em tempo real dos registros de homicídios, entre outras medidas.
Com base nas informações, que podem ser acessadas por autoridades em Maceió e Brasília, equipes da secretária e do governo alagoano podem definir, em caráter emergencial, medidas para localizar e prender os criminosos. Pode também acertar ações preventivas para reforçar a segurança de áreas mais críticas. A "resposta imediata" facilitaria a prisão dos assassinos e evitaria a repetição de crimes desta natureza. Para Regina, o programa vem dando bons resultados e poderia ser implementado em outros estados. Mas isso depende da vontade dos governadores.

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