Representantes de movimentos anticorrupção entregaram ontem ao Senado mais de 1,6 milhão de assinaturas que pedem o impeachment do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Com caixas de papelão vazias que simbolizam as assinaturas recolhidas na internet, o grupo foi recebido por seis senadores que prometeram analisar o pedido.
Os manifestantes, porém, foram impedidos de entrar com faixas contrárias ao pemedebista. A segurança argumentou que as regras da Casa proíbem qualquer material ofensivo a parlamentares.
Parte do grupo ficou do lado de fora, protestando na área em frente ao Congresso.
Ex-secretário nacional de Justiça, Pedro Abramovay é um dos organizadores da campanha. "Só 35 senadores admitem ter votado no Renan, mas ele teve 56 votos. A maioria se envergonha em dizer que votou nele. Usam o voto secreto para se esconder", afirmou.
O fundador da ONG Rio de Paz, idealizadora do movimento, Antônio Carlos Costa, disse que o Senado precisa ouvir o apelo de mais de 1 milhão de brasileiros.
Os senadores que receberam o grupo, Cristovam Buarque (PDT-DF), Pedro Taques (PDT-MT), Aloysio Nunes (PSDB-SP), Pedro Simon (PMDB-RS), João Capiberibe (PSB-AP) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), admitem que não têm amparo legal para pedir o impeachment de Renan, mas afirmam que a Casa deve "ouvir o clamor das ruas".
Os manifestantes prometeram também ir ao STF (Supremo Tribunal Federal) para entregar carta em que pedem pressa para a corte analisar um processo contra Renan.
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