‘Smartphones são castradores’, diz Sergey Brin, fundador da Google:
LONG BEACH (EUA) — Em campanha para promover uma das apostas mais ousadas da Google, o Google Glass, o co-fundador da empresa de Montain View, Sergey Brin, partiu para o ataque aos smartphones. Durante uma palestra no TED 2013, Brin afirmou que os celulares são “castradores”, pois limitam a experiência do usuário.
— Você fica lá, só esfregando aquele pedaço de vidro sem recursos. É meio castrador. É isso que você quer fazer com seu corpo? Você quer algo que deixe seus olhos livres — disse Brin.
Apesar de falar em nome da empresa que desenvolve o Android, um dos principais sistemas operacionais para smartphones, o executivo criticou o isolamento social causado pelos aparelhos. Segundo ele — que fez a palestra usando o Google Glass —, os óculos futuristas serão a melhor forma para proporcionar uma experiência mais livre.
— Quando fundamos a Google há 15 anos, minha visão era de que a informação viria a você quando você precisasse. Você não precisaria ter que fazer qualquer tipo de pesquisa — afirmou o co-fundador da Google.
A declaração causou repercussão na internet, como apontou o jornal “The Guardian”. Pelo Twitter, o consultor de tecnologia Chris Pirillo criticou a conduta do executivo: “que tipo de mensagem ele está passando para os clientes do Android?”. Outros usuários da rede de microblogs acredita que Brin simplesmente não escolheu a palavra ideal: “se ao menos existisse algum serviço de pesquisa que Sergey Brin pudesse usar para chegar o significado de ‘castrador’”, comentou, irônico, Kieran Healy.
Nesta quarta-feira, a Google fechou as inscrições para o projeto “Explorer”, que recrutou voluntários interessados em testar o novo produto — e desembolsar US$ 1500 para isso. Por enquanto, essa é a única forma legal de conhecer o aparelho. Inicialmente previsto para 2014, o Google Glass deve chegar ao mercado até o final de 2013. Após o gadget ter aparecido em um leilão no eBay por mais de US$ 15 mil, a gigante da internet declarou que a transferência do dispositivo para outras pessoas está proibida pelas condições do projeto “Explorer”.
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