Diario de Cuiabá, 18/7/2013
Polícia Civil afirma que grande parte das ocorrências está relacionada com o consumo ou comércio de entorpecente na periferia das cidades
NÁGERA DOURADO
Da Reportagem
Os negros representam 74,2% das vítimas de homicídios em Mato Grosso. Os dados, do Centro Brasileiro de Estudos Latino Americanos, foram divulgados no estudo “Mortes matadas por arma de fogo 2013”.
A pesquisa analisa os dados de violência do período de 2000 a 2010 e entre os resultados divulgados está a cor da pele das vítimas dos homicídios no Brasil.
Conforme a estatística, em 2010 morreram 153 brancos e 442 negros por armas de fogo. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que 62,2% dos habitantes de Mato Grosso são negros ou pardos.
A taxa de mortes chega a 13,6 brancos a cada grupo de 100 mil habitantes. Já os negros têm o índice de 24,2 mortes violentas a cada grupo de 100 mil.
Apesar da taxa de negros ser elevada, o índice de pessoas brancas assassinadas em Mato Grosso é superior a média nacional, que é 11,5 a cada grupo de 100 mil.
O Estado é o 5º no ranking de maior índice de vítimas brancas, perdendo apenas para o Paraná, Rondônia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
De acordo com a Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, as principais motivações para o crime são o tráfico de drogas.
De janeiro a junho de 2013, em Cuiabá, 28% dos 90 homicídios foram motivados pelo comércio ou consumo de drogas, seguidos de 20% ocasionados por rixas e 13% passionais.
Na segunda maior cidade de Mato Grosso, Várzea Grande, as drogas também são o principal fator de mortes. Lá, o índice de homicídios relacionados ao tráfico chega a 31%.
ACERTO DE CONTAS - Foi pelo tráfico de drogas que o mecânico Flávio Alves foi assassinado a tiros no bairro São João Del Rey, periferia de Cuiabá. Ele deixou mulher e duas filhas menores de idade, em outubro de 2012.
Homem, negro e com baixa escolaridade, foi morto ao cobrar o dinheiro de entorpecentes na casa de um usuário, que ele tinha ameaçado de morte caso não pagasse.
Segundo o líder do Grupo de Estudos de Violência e Cidadania da Universidade Federal de Mato Grosso, sociólogo Naldson Ramos da Costa, são necessárias políticas públicas para incentivar os jovens a não entrar no mundo da criminalidade.
Polícia Civil afirma que grande parte das ocorrências está relacionada com o consumo ou comércio de entorpecente na periferia das cidades
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Da Reportagem
Os negros representam 74,2% das vítimas de homicídios em Mato Grosso. Os dados, do Centro Brasileiro de Estudos Latino Americanos, foram divulgados no estudo “Mortes matadas por arma de fogo 2013”.
A pesquisa analisa os dados de violência do período de 2000 a 2010 e entre os resultados divulgados está a cor da pele das vítimas dos homicídios no Brasil.
Conforme a estatística, em 2010 morreram 153 brancos e 442 negros por armas de fogo. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que 62,2% dos habitantes de Mato Grosso são negros ou pardos.
A taxa de mortes chega a 13,6 brancos a cada grupo de 100 mil habitantes. Já os negros têm o índice de 24,2 mortes violentas a cada grupo de 100 mil.
Apesar da taxa de negros ser elevada, o índice de pessoas brancas assassinadas em Mato Grosso é superior a média nacional, que é 11,5 a cada grupo de 100 mil.
O Estado é o 5º no ranking de maior índice de vítimas brancas, perdendo apenas para o Paraná, Rondônia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
De acordo com a Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, as principais motivações para o crime são o tráfico de drogas.
De janeiro a junho de 2013, em Cuiabá, 28% dos 90 homicídios foram motivados pelo comércio ou consumo de drogas, seguidos de 20% ocasionados por rixas e 13% passionais.
Na segunda maior cidade de Mato Grosso, Várzea Grande, as drogas também são o principal fator de mortes. Lá, o índice de homicídios relacionados ao tráfico chega a 31%.
ACERTO DE CONTAS - Foi pelo tráfico de drogas que o mecânico Flávio Alves foi assassinado a tiros no bairro São João Del Rey, periferia de Cuiabá. Ele deixou mulher e duas filhas menores de idade, em outubro de 2012.
Homem, negro e com baixa escolaridade, foi morto ao cobrar o dinheiro de entorpecentes na casa de um usuário, que ele tinha ameaçado de morte caso não pagasse.
Segundo o líder do Grupo de Estudos de Violência e Cidadania da Universidade Federal de Mato Grosso, sociólogo Naldson Ramos da Costa, são necessárias políticas públicas para incentivar os jovens a não entrar no mundo da criminalidade.
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