- Brasil ocupa 83ª posição, segundo pesquisa com 155 mil pessoas
LUISA PESSOADE SÃO PAULO, Folha de SO, 18/1/2013
Libéria, Irã e Turcomenistão. Esses são alguns dos países que estão à frente do Brasil em matéria de filantropia, segundo uma pesquisa feita em 146 nações pela CAF (Charities Aid Foundation), fundação britânica que administra ativos voltados à caridade. No ranking, o Brasil está na 83ª posição.
A pesquisa, feita por intermédio do instituto Gallup, fez três perguntas a 155 mil entrevistados: se, no mês passado, eles doaram dinheiro à caridade, fizeram trabalho voluntário em alguma organização ou ajudaram algum estranho em necessidade.
A partir das respostas, foi projetada a porcentagem da população do país que teria o mesmo comportamento.
Os resultados mostram que, apesar de as primeiras colocações serem de países com alto IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), essa correlação não se mostra verdadeira em muitos casos.
A Libéria, por exemplo, apesar de estar na 182ª colocação no IDH, é o 11º país mais solidário, segundo a pesquisa, e o primeiro colocado entre os países que mais ajudaram desconhecidos em 2011 (81% da população).
É no Turcomenistão, (13º no ranking CAF e 102º no IDH) onde mais acontece o trabalho voluntário.
A pesquisa concluiu que a filantropia vem diminuindo desde 2007, quando foi feita a primeira pesquisa, provavelmente, segundo o relatório, devido à crise financeira.
O número de pessoas que doam dinheiro caiu de 29,8%, em 2007, para 28%, em 2011. O mesmo aconteceu com o trabalho voluntário (de 21,4% para 18,4%) e com a ajuda a estranhos (47% a 45,1%).
Para Marcos Kisil, presidente do Idis (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Sustentável), que representa a CAF no Brasil, a posição brasileira deve-se tanto ao baixo IDH do país quanto a uma política governamental que não incentiva doações de pessoas físicas.
"A melhora da distribuição de renda aumenta o número de pessoas com condições de doar seus excedentes. Mas no Brasil a pessoa física não ganha isenção fiscal caso faça doações financeiras."
Ele explica que o perfil da filantropia é diferente a depender do país. Em lugares menos desenvolvidos, são comuns doações voltadas a provisões básicas, como comida.
Já em países onde os governos proveem o básico, a filantropia se volta mais para o desenvolvimento de ações que possam mais tarde inspirar políticas públicas, como iniciativas de capacitação.
Libéria, Irã e Turcomenistão. Esses são alguns dos países que estão à frente do Brasil em matéria de filantropia, segundo uma pesquisa feita em 146 nações pela CAF (Charities Aid Foundation), fundação britânica que administra ativos voltados à caridade. No ranking, o Brasil está na 83ª posição.
A pesquisa, feita por intermédio do instituto Gallup, fez três perguntas a 155 mil entrevistados: se, no mês passado, eles doaram dinheiro à caridade, fizeram trabalho voluntário em alguma organização ou ajudaram algum estranho em necessidade.
A partir das respostas, foi projetada a porcentagem da população do país que teria o mesmo comportamento.
Os resultados mostram que, apesar de as primeiras colocações serem de países com alto IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), essa correlação não se mostra verdadeira em muitos casos.
A Libéria, por exemplo, apesar de estar na 182ª colocação no IDH, é o 11º país mais solidário, segundo a pesquisa, e o primeiro colocado entre os países que mais ajudaram desconhecidos em 2011 (81% da população).
É no Turcomenistão, (13º no ranking CAF e 102º no IDH) onde mais acontece o trabalho voluntário.
A pesquisa concluiu que a filantropia vem diminuindo desde 2007, quando foi feita a primeira pesquisa, provavelmente, segundo o relatório, devido à crise financeira.
O número de pessoas que doam dinheiro caiu de 29,8%, em 2007, para 28%, em 2011. O mesmo aconteceu com o trabalho voluntário (de 21,4% para 18,4%) e com a ajuda a estranhos (47% a 45,1%).
Para Marcos Kisil, presidente do Idis (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Sustentável), que representa a CAF no Brasil, a posição brasileira deve-se tanto ao baixo IDH do país quanto a uma política governamental que não incentiva doações de pessoas físicas.
"A melhora da distribuição de renda aumenta o número de pessoas com condições de doar seus excedentes. Mas no Brasil a pessoa física não ganha isenção fiscal caso faça doações financeiras."
Ele explica que o perfil da filantropia é diferente a depender do país. Em lugares menos desenvolvidos, são comuns doações voltadas a provisões básicas, como comida.
Já em países onde os governos proveem o básico, a filantropia se volta mais para o desenvolvimento de ações que possam mais tarde inspirar políticas públicas, como iniciativas de capacitação.
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