ANÁLISE
JEREMY W. PETERS
DO "NEW YORK TIMES", EM WASHINGTON
Membros dos dois grandes partidos americanos delinearam um plano que endureceria a pena por aquisição e transporte ilegal de armas, em rara demonstração de acordo quanto a uma questão na qual quase não existe alinhamento entre ambos.
Dois deputados democratas e dois republicanos apresentaram um projeto de lei à Câmara de Deputados que criaria uma lei federal específica para o combate ao tráfico de armas e reprimiria ainda mais a compra de armas de fogo para terceiros e mentiras a respeito dessas compras nos formulários federais de verificação de antecedentes.
Na forma atual da lei, "penas são fracas a ponto de serem inócuas", disse uma das proponentes do projeto.
A proposta dos quatro deputados claramente acompanha um projeto já apresentado no Senado. O projeto de lei conta com apoio bipartidário, o que animou proponentes do controle de armas.
Mas, mesmo diante de novos sinais de maior flexibilidade bipartidária quanto ao controle de armas, os legisladores reconhecem os obstáculos que enfrentam para aprovar um projeto em ambas as casas do Congresso.
"Às pessoas que têm preocupações profundas sobre a extensão exagerada dos poderes do governo federal eu gostaria de dizer que compartilho delas", declarou o deputado Scott Rigell, republicano da Virgínia que é um dos proponentes da medida.
"[Mas], a não ser que você seja traficante de armas, a menos que você seja alguém que serve de testa de ferro em uma compra de armas, o projeto não causa problemas."
A área de maior acordo entre democratas e republicanos quanto ao controle de armas é a do reforço da verificação de antecedentes, e esse tipo de medida parece ter a maior probabilidade de aprovação no começo do ano.
Mas as medidas de combate ao tráfico também desfrutam de amplo apoio das agências policiais, porque ajudariam a enfrentar um problema sério para as polícias das grandes cidades.
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