17 de setembro de 2013

Matrículas no ensino superior cresceram 4,4% em 2012


 
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BRASÍLIA — O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta terça-feira que o número de matrículas no ensino superior cresceu 4,4% em 2012, em relação a 2011. De acordo com o censo, o país tinha 7,03 milhões de estudantes cursando faculdade, sendo 73% deles em instituições particulares e 27% em públicas. Os cursos presenciais atendiam 84,2% dos matriculados, ante 15,8% em cursos a distância.
Apesar do aumento, o Brasil tinha em 2011 apenas 17,8% da população de 18 a 24 anos já com diploma de nível superior ou frequentando a universidade.
— Estamos num sistema em forte expansão — disse o ministro Aloizio Mercadante, ao apresentar os dados do censo. — A demanda fortíssima (por ensino superior) decorre de um longo período de estagnação.
O ministro afirmou que, mantido o atual ritmo, o Brasil chegará a 2022 atingindo a marca de 34% da população de 18 a 24 anos matriculada ou já formada no ensino superior, mesmo patamar registrados nos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne predominantemente nações desenvolvidas.
Os cursos de mestrado e doutorado tinham 203 mil pós-graduandos.
Dos estudantes matriculados em cursos presenciais, quase dois terços assistiam a aulas no turno da noite: 63,1%, ante 36,9% de alunos em cursos diurnos. Nas instituções federais, 70% dos alunos estudavam de dia, enquanto apenas 30% à noite. O inverso ocorria nas faculdades particulares, que tinham 73% de matrículas noturnas e 27% diurnas.
Mercadante destacou, porém, que essa realidade vem mudando nas universidades federais, ainda que prevaleçam as matrículas diurnas. Em 2000, segundo ele, as federais tinham 371 mil matrículas diurnas e 111 mil noturnas. Em 2012, eram 687 mil diurnas e 297 mil noturnas. Ou seja, a proporção de matrículas noturnas passou de 30% para 43% nas federais.
Segundo o censo, o número de matrículas dobrou nos últimos dez anos, passando de 3,5 milhões para 7 milhões de alunos. De 2011 para 2012, o crescimento foi maior na rede pública, que registrou uma expansão de 7%, o dobro dos 3,5% da rede privada.
Enquanto o número de matrículas subiu 4,4%, o de ingressantes saltou 17,1%, passando de 2,3 milhões para 2,7 milhões o total de novos estudantes em 2012, na comparação com 2011. Em 2002, esse número era de 1,4 milhão.
— É um dado espetacular — disse Mercadante, sobre o aumento de 17% no número de ingressantes.
Já o total de concluintes aumentou em ritmo menor: 3,3%, passando de 1.016.713, em 2011, para 1.050.413, em 2012.
— Educação é maratona. O filme é bom. Quando se olha a foto, vemos que temos muito a fazer. É muita coisa. Mas o que o Brasil fez em termos de inclusão é fantástico — disse o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Luiz Claudio Costa.
Os dez cursos de graduação com maior número de matrículas em 2012 eram: administração (833 mil), direito (737 mil), pedagogia (602 mil), ciências contábeis (313 mil), enfermagem (234 mil), engenharia civil (198 mil), serviço social (172 mil), psicologia (162 mil), gestão de pessoal / recursos humanos (157 mil) e engenharia de produção (129 mil).
Os cursos de licenciatura, que formam professores da educação básica, tiveram aumento de apenas 0,8% no número de matrículas. Já os tecnológicos, que é o caso de gestão de pessoal, viram crescer o total de alunos em 8,5%, enquanto os bacharelados, que respondem por 67% das matrículas no país, subiram 4,6%.

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