22 de novembro de 2014

Insegurança e violência são os principais problemas nas escolas, diz pesquisa

Cuantas veces mas precisaremos insistir sobre esta realidade hasta que realmente se formule una política pública eficaz?: porque tanto descaso? Porque repetir en el contexto de la esuela el mismo descaso e ineficiencia con que se combaten los inaceptables indicadores de la violencia en el resto de la sociedad? es mera casualidad? como algo tan obvio que tiene un impacto tan dramático en el rendimiento escolar se deja sin la atención que merece? Porque será?


Insegurança e violência são os principais problemas nas escolas, diz pesquisa

Para 89% dos entrevistados, existe muita violência nas escolas públicas brasileiras. A pesquisa foi apresentada hoje, dia 21, na Conferência Nacional de Educação (Conae)

Aula de ensino fundamental em escola pública, Serrano do Maranhão/MA
Aula de ensino fundamental em escola pública na cidade de Serrano do Maranhão/MA (Anderson Schneider/VEJA)
Levantamento feito pelo instituto de pesquisa Data Popular revela que a falta de segurança e a violência nas escolas são os principais problemas apontados pela população para uma educação de qualidade. Em seguida, a sociedade aponta a necessidade da valorização dos professores e funcionários. A pesquisa foi apresentada hoje, dia 21, na Conferência Nacional de Educação (Conae).
O estudo, encomendado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) em parceria com o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), foi realizado em setembro deste ano, com 3 mil pessoas de mais de 16 anos, nas cinco regiões do país.
O levantamento mostra que para 89% dos entrevistados existe muita violência nas escolas públicas brasileiras. Os entrevistados entram em consenso quando o assunto é valorização dos professores, já que 98% avaliam que a profissão deveria ser mais valorizada.
"A pesquisa mostra em números o que já sabíamos", diz o presidente da CNTE, Roberto Franklin de Leão. "A sociedade vê o que está acontecendo, vê que precisamos de mudança", acrescenta.
O levantamento mostra também que há um consenso de que educação é importante para o futuro do Brasil, pois 99% dos entrevistados tiveram essa opinião. A questão foi levada em consideração nas eleições, pois 72% dizem que se informaram sobre educação antes de votar.
"As pautas defendidas pela categoria [professores e funcionários de educação] são amplamente defendidos pela sociedade", diz o presidente do Data Popular, Renato Meirelles. "Se descobrimos isso, temos o grande desafio de trazer essas pessoas como aliadas".
Para 76%, os professores são menos valorizados do que deveriam pela população, enquanto 85% acham que os professores são menos valorizados do que deveriam pelo governo. O salário oferecido aos professores da rede pública é considerado ruim ou péssimo para 66% dos consultados. Apenas 8% disseram que o salário é bom.
De acordo com o levantamento, os entrevistados reconhecem que o professor deveria ser a profissão com a melhor remuneração e 85% dos brasileiros acreditam que os profissionais da educação deveriam ter um piso salarial nacional que valorize o salário. Quando questionados sobre os salários dos professores das escolas privadas, 49% disseram que a remuneração é ótima ou boa. Do total, 98% consideram importante que professores e funcionários das escolas tenham bons salários para que a escola seja de qualidade.
Como consequência do cenário, um sexto dos entrevistados diz pensar em ser professor. Para Leão, o índice é muito baixo. Afora a valorização, ele aponta a violência como algo preocupante. "O professor está assustado, o aluno não aprende adequadamente. A violência influencia no aprendizado", diz.
Além da sensação de insegurança, o levantamento mostra que mais de 80% dos entrevistados estudaram ou estudam em escola pública e grande parte teve conhecimento de algum tipo de violência na escola em que estudou. Os entrevistados alegam saber de casos de agressão física (34,8%), vandalismo (22,7%), discriminação (21%), assalto a mão armada (8,5%), violência sexual (5,9%) e assassinato (3,6%). Além disso, mais de 40% tiveram conhecimento de agressão verbal.  
(Com Agência Brasil), 21/11/2014

Nenhum comentário:

Postar um comentário