5 de agosto de 2013

Compromisso pela competitividade e inclusão

Valor Económico, 5/8/2013



Cooperação entre países estimula energia renovável
Países latino-americanos se unem por novas capacidades produtivasCatorze países da América Latina e o Caribe decidiram promover políticas industriais e investimentos para criar novas capacidades produtivas, impulsionar setores estratégicos e aumentar a competitividade, levando adiante um paradigma tecnológico ambientalmente sustentável e inclusivo com base em conhecimento cientifico e inovação. As informações são do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
O grupo aprovou uma plataforma de cooperação, transcrita na Declaração do Rio de Janeiro, que visa aprofundar processos de planejamento gerados em vários dos países envolvidos, a fim de fortalecer regionalmente as políticas de ciência, tecnologia e inovação (CT&l). O conjunto de compromissos resultante de uma reunião de ministros da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), ocorrida em junho deste ano.
No documento, as nações afirmam a "firme convicção" de que a integração regional e a cooperação na área "se destacam como fatores determinantes para avançar no caminho do desenvolvimento e da igualdade". Nesse sentido, comprometem-se a desenvolver "aplicações com impacto em áreas como saúde, educação e serviços públicos, com especial atenção aos segmentos mais vulneráveis da população, como pessoas com deficiência". A redução das desigualdades de gênero é outra medida aprovada para a consolidação de democracias inclusivas.
No plano industrial, as decisões passam pelo estímulo a avanços tecnológicos em produtos e processos de fabricação e ao desenvolvimento de novos serviços e materiais. Os países avaliam que a crise internacional de 2008-2009 abriu oportunidades para o debate sobre as estratégias de desenvolvimento.
A declaração aprovada traz compromissos em áreas específicas, como universalização do acesso à banda larga; eficiência energética por meio de novas fontes renováveis; reúso e reciclagem de materiais e produtos elétricos e eletrônicos; e apoio a start -ups (empresas nascentes) de base tecnológica.
O tema que pautou o debate foi "Inovação e mudança estrutural na América Latina e no Caribe: estratégias de desenvolvimento regional inclusivo. Participaram representantes de Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador. El Salvador. Guatemala, México. Nicarágua, Peru. República Dominicana. Uruguai e Venezuela, bem como quatro instituições observadoras: a Agência Alemã de Cooperação Técnica Internacional (GIZ), a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (ünesco) e a Secretaria Geral Ibero-Americana (Segib).
Para a secretária executiva da Cepal, Alicia Bárcena. o progresso científico e tecnológico é fundamental para o desenvolvimento econômico, mas também essencial para a inclusão social. O encontro concluiu que as políticas de CT&I são parte de uma nova fase de políticas industriais para promover uma mudança estrutural na América Latina e no Caribe em direção aos setores intensivos em conhecimento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário