RIO - Um estudo publicado nesta semana na revista Violence and Gender (Violência e Gênero, em inglês) mostrou que um terço dos estudantes universitáros do sexo masculino estuprariam mulheres se tivessem certeza de que não sofreriam consequências logo em seguida.
A pesquisa ouviu de forma anônima 86 alunos de instituições americanas. Eles foram questionados sobre sua probabilidade de se envolver em certos tipos de comportamento sexual - incluindo forçar uma mulher a praticar algum ato sexual - "se ninguém jamais soubesse e não houvesse quaisquer consequências".
Os pesquisadores abordaram a nível de hostilidade os participantes demonstraram para com as mulheres e se que desempenharam um papel no resultado dos resultados. Como resultado, um terço dos participantes (31,7%) disseram que iriam forçar uma mulher a ter relações sexuais em uma "situação sem conseqüência" - e muitos não rotular ou reconhecer suas ações como "estupro". Além disso, 13,6% dos participantes disseram que estuprariam, de fato, uma mulher.
Os pesquisadores também fizeram perguntas para avaliar os níveis de "hipermasculinidade" dos participantes, buscando saber se eles viam o perigo como "emocionante" e se consideravam a violência uma forma de virilidade. O comportamento poderia determinar se o estudante seria insensível ao sofrimento da mulher.
O estudo concluiu que não existe uma única abordagem para a prevenção da agressão sexual. Homens que são hostis com mulheres não se recuperariam com esforços "primários" de faculdades para evitar agressão sexual nos campi. Já aqueles que "endossam força, mas negam estupro" poderiam apresentar melhoras a partir de atividades de conscientização, "desde que a programação possa estabelecer uma relação de confiança e credibilidade com os participantes".
No estudo, os pesquisadores ressaltaram que é importante dissipar a idéia de um "estuprador estereotipado", já que aqueles que "endossam a força, mas negar o estupro" não se enquadrariam no comportamento, o que acabaria por minar esforços de prevenção ao crime.
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