Redução do analfabetismo
Folha de Pernambuco/PE
Sábado, 20 de fevereiro de 2010
O Ministério da Educação (MEC) garante que o Brasil vai cumprir, até 2015, o Acordo de Dacar, estabelecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que prevê a redução da taxa de analfabetismo dos atuais 10% para 6,7% até 2015. A análise foi feita pelo secretário de Alfabetização e Diversidade do MEC, André Lázaro. De acordo com Lázaro, nos últimos anos a taxa de analfabetismo vem caindo em média, 0,55% ao ano, e destaca: "Nesse ritmo, chegaremos a 2015 com 5,6%, abaixo do determinado pela Unesco". Por sua vez, o ministério defende que o País tem as condições necessárias para alcançar as metas de alfabetização. Uma das estratégias importantes para atingir esse objetivo é o acordo firmado entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os governadores das regiões Norte e Nordeste para a erradicação do problema. Registre-se que as duas regiões têm as piores taxas de analfabetismo do País e neste ano concentram 80% das turmas do Brasil Alfabetizado, programa do Governo Federal que dá apoio técnico e financeiro para que Estados e municípios criem turmas voltadas a jovens e adultos.
Vale salientar que, hoje, temos 1,6 mil turmas do Brasil Alfabetizado cadastradas. A meta é alfabetizar 1,5 milhão em 2009. O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que tem como uma das metas alfabetizar todas as crianças aos 8 anos de idade, também vai ajudar a reduzir as taxas porque evita a continuidade do analfabetismo entre a população mais jovem. Outra dificuldade, apontada por especialistas, está na formação de professores para trabalhar em turmas de alfabetização de jovens e adultos. O secretário informou que o MEC já lançou um edital para que universidades elaborem propostas de cursos de formação. Segundo ele, os professores começam a ser capacitados ainda em 2009.
Lázaro ressalta, entretanto, que o ministério precisa de Estados e municípios para "dar conta do problema". Porém, o esforço do governo é mais do que financeiro ou político, é institucional. Pois, a alfabetização precisa ser tratada como um direito público.
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