20 de janeiro de 2011

ENEM

Em defesa do modelo
 

Débora Álvares Se boa parte dos especialistas em educação e em segurança da informação acreditam que os erros cometidos pelo Ministério da Educação (MEC) em relação ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) são primários, como mostrou ontem o Correio, há também quem avalie os recentes problemas como normais. Caso, por exemplo, do ex-representante da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) no Brasil, Jorge Werthein. Doutor em educação pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, Werthein destaca que é preciso ter paciência e aceitar que um sistema complexo, aplicado de forma abrangente, está suscetível a problemas.
A iniciativa é mais importante que os erros cometidos na manutenção do sistema , avalia. Também compartilha da opinião de Werthein o doutor em ciência da educação pela Universidade Paris Nord, na França, Cristiano Muniz. Para ele, a metodologia não está pronta, mas é construída em processo, e enfrenta desafios que a complexidade impõe. O problema é a centralização do processo em um país com imensa diversidade cultural, social e educacional. Outro transtorno Muniz ressalta é a demanda do processos de avaliação, o que requer um sistema de controle, fiscalização e produção complexo. Se não fossem esses problemas, teríamos outros. O sistema é muito recente.
Correio Brasiliense

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