25 de setembro de 2014

Michelle Obama pede que líderes mundiais mostrem coragem na luta pela educação


MIRJAM DONATH - REUTERS
25 Setembro 2014 | 09h 53

A primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, pediu a líderes internacionais que mostrem a mesma coragem e comprometimento de garotas que fazem sacrifícios para irem à escola - como as estudantes sequestradas na Nigéria - a fim de fornecer a crianças em todo o mundo a educação de qualidade que elas merecem.
Michelle fez seu discurso em um evento dedicado à luta contra a crise na aprendizagem global, realizado em eventos paralelos da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas.
Educação universal para todas as crianças no mundo é uma das metas de desenvolvimento do milênio das Nações Unidas para o ano que vem - mas que não deve ser cumprida.
Os dados mais recentes mostram que 250 milhões das 650 milhões de crianças em idade compatível com o ensino primário em todo o mundo não sabem ler, escrever ou fazer cálculos matemáticos básicos, de acordo com a Unesco, organização ligada à ONU para educação, ciência e cultura.
A primeira-dama relembrou Malala Yousafzai, do Paquistão, que virou uma celebridade global após sobreviver a um tiro na cabeça por conta da campanha do Taliban contra a educação feminina, e das mais de 200 estudantes nigerianas sequestradas por militantes islâmicos do Boko Haram.
“Estou pensando em garotas como Malala, estou pensando sobre aquelas bravas garotas na Nigéria, estou pensando sobre as garotas que nunca chegarão às manchetes, que andam horas para chegar à escola todos os dias, que estudam até tarde da noite por estarem famintas por preencherem seu potencial dado por Deus”, disse Michelle. “Se pudermos mostrar uma pequena fração de sua coragem e seu comprometimento, então eu sei que podemos dar a todas as nossas garotas uma educação digna do potencial delas."
A diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, alertou em junho que não há “nenhuma chance” de que o mundo atinja a meta de desenvolvimento do milênio relacionada à educação no ano que vem.
Um relatório da Unesco divulgado à época salientou que 58 milhões de crianças entre 6 e 11 anos ainda estão fora da escola e que o progresso na redução desses números tem sido consideravelmente vagarosos desde 2007.

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