24 de outubro de 2014

Pais ficam insensíveis a sexo e violência em filmes, diz estudo

Pesquisa realizada pelo Centro de Políticas Públicas Annenberg, nos Estados Unidos, diz que, quanto mais os responsáveis forem expostos a cenas sangrentas ou eróticas, menos eles vão se chocar com relação aos filhos também assistirem

Cena do filme 'Duro de Matar 5'
Cena do filme 'Duro de Matar 5' (Divulgação/VEJA)
Cenas de sexo e violência em filmes preocupam os pais de crianças e adolescentes? Não tanto assim. Pesquisa realizada pelo Centro de Políticas Públicas Annenberg, nos Estados Unidos, mostra que, quanto mais os pais veem esse tipo de conteúdo nos longas, mais insensíveis ficam a seus efeitos sobre os filhos.


O estudo analisou o comportamento de 1.000 pais de crianças e adolescentes com idade entre seis e dezoito anos, em janeiro deste ano. Os pesquisadores apresentaram cenas sangrentas ou eróticas de filmes com classificação etária restrita ou para menores de treze anos acompanhados por responsáveis, como 8 Mile: Rua das Ilusões (2002), Colateral (2004), Duro de Matar (1988) e007 - Cassino Royale (2006).
Foram ao todo seis trechos de filmes com conteúdo impróprio. Ao verem a primeira cena, a maioria dos pais disse que a idade mínima para assistir a um filme com aquele tipo de conteúdo deveria ser de dezesseis anos. Mas, após a última das seis cenas, os pais pareceram mais flexíveis, e consideraram que treze anos era uma idade aceitável para cenas violentas e quatorze anos, o ideal para cenas de sexo.
"As crianças têm tido uma enorme exposição a cenas de violência armada. Estamos em uma sociedade em que há grande quantidade de armas, e assistir a isso em filmes pode influenciar as atitudes das pessoas", disse Dan Romer, diretor do Centro de Políticas Públicas Annenberg e principal autor do estudo.


A conclusão completa do estudo será publicada na próxima edição do jornal mensal da Academia Americana de Pediatria.
VEJA, 24/10.2014

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