Benefício será estímulo a aluno cursar licenciatura em ciências, área que enfrenta déficit de professores
06 de agosto de 2013 | 21h 09
Bárbara Ferreira Santos - CURITIBA / ENVIADA ESPECIAL, Estado de S.Paulo
O Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou nesta terça-feira, dia 6, que o programa para estimular alunos do ensino médio a cursar licenciatura em ciências deve dar bolsas a 100 mil estudantes. "Estamos começando com 100 mil alunos do ensino médio. Vamos dar uma bolsa para estimular a vocação em ciências", disse ele, durante o Sala Mundo, evento de educação em Curitiba.
As bolsas fazem parte dos esforços para fortalecer o ensino médio, cujo projeto final deve ser anunciado pelo MEC em breve. Segundo Mercadante, será oferecida uma bolsa de R$ 150 ao aluno interessado, além de um professor tutor para acompanhá-lo nos estudos. "Nós damos bolsas para o aluno que passa em Olimpíadas de Matemática quando ele vai para a universidade, mas não no ensino médio, e queremos começar a fazer isso. Vamos dar prioridade para criar uma massa crítica de professores no futuro." O País tem um déficit de professores nas áreas de exatas e biológicas.
Mercadante também falou sobre o programa Mais Educação. Segundo ele, a prioridade do programa, que destina verbas a escolas municipais, estaduais e federais para criação de jornada integral, será nas matérias de português, matemática e ciência durante as 7 horas diárias de aulas. "Não conseguiremos melhorar o nível de nossos alunos se nas horas a mais de escola oferecermos só esporte, cultura e lazer", afirmou.
Ele afirmou ainda que, apesar de 7,2 milhões de pessoas terem se inscrito no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), há apenas 1,2 milhão de vagas no ensino superior. "Esses 6 milhões que não puderem entrar nas universidades pelo Enem, poderão fazer o ensino técnico e por isso lançamos o SiSutec (um sistema de Seleção Unificada para cursos técnicos). As faculdades que tiverem um curso de ciência da computação, por exemplo, podem oferecer um curso técnico nessa área"
Defendendo o Enem, o ministro afirmou que a prova é hoje o "vestibular mais transparente do mundo". "Devolvemos todas as provas para fins pedagógicos, inclusive a redação. Praticamente todos os vestibulares do mundo não devolvem. Não há vestibular com a transparência que o Enem tem hoje", afirmou.
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