RIO DE JANEIRO - Professores municipais entraram em greve por melhores condições de trabalho e salários. Após um mês de negociação, aceitaram proposta de reajuste da prefeitura e interromperam o movimento. Voltaram a parar por discordar do plano de carreira e por não ter participado de sua elaboração.
A Prefeitura do Rio informou que fez mais de dez reuniões com os representantes dos professores e que eles exigiram que o prazo de discussão fosse reduzido de 90 dias para 30. O prefeito Eduardo Paes (PMDB) diz que os sindicalistas são filiados ao PSOL, partido de Marcelo Freixo, candidato derrotado por ele em 2010.
Na essência, o projeto faz modificações com o objetivo, entre outros, de aumentar o número de professores em regime de trabalho de 40 horas semanais (hoje são 6%) para colocar todos os alunos da rede estudando em horário integral. O prefeito errou na condução político-administrativo de um projeto necessário.
Há algo errado quando professores invadem e ocupam o plenário onde deveriam ser debatidos os projetos, xingam e agridem vereadores, rasgam camisa de funcionário, jogam garrafas e comida nos policiais e fecham rua, se podem ocupar a praça.
Há algo muito errado quando prefeito e vereadores precisam tirar a população da galeria e promover um cerco à Câmara, com grades e mais de 700 policiais, para conseguir a aprovação do plano, que teve 31 emendas, sem nenhum debate.
Há algo absurdamente errado quando policiais atacam professores, surram manifestantes com cassetetes, usam spray de pimenta e lançam uma sequência de bombas de gás por duas horas para dispersar professores que se reúnem para pressionar os legisladores, e permitem que um bando de mascarados imponha medo e destruição.
Está quase tudo errado na ação desses atores que fazem a história de um país sem educação.
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