22 de agosto de 2011
Educação no Brasil | O Globo | Economia | BR
"Achamos que estamos com medo da tecnologia. Mas, na verdade, estamos ficando velhos", diz Daniel H. Wilson, autor do livro "Robopocalypse". Segundo ele, a tecnofobia - causa mais comum do uso incipiente de dispositivos eletrônicos e informáticos - tem a ver com o receio de ficar para trás na onda da modernidade.
Mas se fosse esta a única causa do mau uso de gadgets, os tecnófobos nem chegariam perto de qualquer uma dessas engenhocas modernosas. Existem dois outros ingredientes nessa receita. O primeiro é a necessidade de ostentar símbolos de status e de conformidade com o que está na moda. Aproveitando-se dessa carência, entra em cena o segundo ingrediente, que foge ao controle das vítimas: a lavagem cerebral imposta pela propaganda massificada.
"O rádio, o telefone, o Facebook - cada uma dessas invenções tecnológicas mudou o mundo. Cada uma delas assustou tremendamente as gerações anteriores. E quase todos esses inventos foram criados por jovens, pessoas com menos de 20 anos de idade", relembra.
No entanto, em alguns casos, a própria tecnologia é a culpada por sua subutilização. Vários avanços técnicos ainda não deslancharam como previsto. Exemplo disso são as hoje tão comuns redes Wi-Fi. Um estudo conduzido por pesquisadores da Microsoft e da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara concluiu elas ainda são largamente subutilizadas (veja bit.ly/dm_wifi>).
Quanto ao dispositivo móvel mais em moda - o iPad -, pesquisa conjunta da HASTAC.org (Colaboração Avançada entre Humanidades, Artes, Ciência e Tecnologia, na sigla em inglês), Universidade Duke e Fundação MacArthur , apontou o erro de "empurrar" os tablets para o sistema educacional sem antes remodelar o ritual de ensino em sala de aula. (Carlos Alberto Teixeira)
Nenhum comentário:
Postar um comentário