15 de dezembro de 2011

Novos padrões da violência homicida são expostos em estudo


15 de dezembro de 2011
  DCI Online | Estados e Municípios | SP
são paulo - Estudo revela que a violência homicida, patrimônio indesejado dos grandes centros urbanos do País - gerado pelo crescimento desordenado -, agora ocupa espaços de menor densidade e peso demográfico.
Realizado pelo Instituto Sangari, o projeto analisa os últimos 30 anos de violência no País e verifica mudanças nos padrões históricos.
Em trecho introdutório do Mapa da Violência 2012, o vice-presidente do Instituto SangariJorge Werthein, afirma: "É preciso reunir dados, confrontá-los, analisá-los, interpretá-los e apresentá-los à sociedade para que, de posse deles, ela possa agir com mais confiança".
O mapa não realiza um diagnóstico das causas da violência no País. A realidade diversificada de 5.565 municípios, 27 unidades federadas, 27 capitais e 33 regiões metropolitanas, segundo realizadores, é extremamente complexa. De acordo com as informações contidas no projeto, pretende-se "fornecer informações em condições de subsidiar objetivamente o diagnóstico".
"Em um momento favorável a retrospectivas e expectativas, o Mapa da Violência 2012 poderá contribuir para que se pensem e se repensem caminhos. A abrangência de três décadas facilita a abordagem de um problema que permanece na ordem do dia e exige, cada vez mais, ações seguras tanto do Poder Público quanto de cada cidadão em particular", detalha, no mapa, Werthein.
O número de homicídios em todo o Estado de São Paulo caiu 63,2% (5.745 em 2010) em relação à 1980, com 15.631.
Dos 27 estados estudados, São Paulo ocupa a 25º posição. Alagoas é o primeiro no ranking de homicídios apresentado no projeto.
Na capital paulista e na região metropolitana, os índices de 2010 caíram (ainda em relação à 1980) 78,4%. A cidade ocupa a 27ª posição. A capital alagoana, Maceió, lidera.
Ainda que o objetivo não seja aprofundar-se no tema, "dada a impossibilidade material de abranger e diagnosticar a situação dos 5.565 municípios do país", o estudo também detalha as situações que conformam os mecanismos de produção de violência quando se trata de polos de desenvolvimento do interior, atrativos de população e investimentos que, mesmo frente a presença do poder público, resultam atrativos também para criminalidade.

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