RIO - Falta a grande parte dos gerentes das áreas de comércio (varejo), indústria e prestação de serviços formação educacional. Esta é uma das principais conclusões da pesquisa feita pelo Grupo CDPV (Centro de Desenvolvimento do Profissional de Vendas), com exclusividade para o Boa Chance. A enquete, que abrange Rio e São Paulo, mostra que 45% deles não têm curso superior e que apenas 8% têm pós-graduação. Outro dado relativo à formação dos gestores é que apenas 25% sabem um segundo idioma - o inglês, na maioria dos casos.
Segundo Diego Maia, presidente do Grupo CDPV, os resultados relativos à escolaridade não surpreendem:
— Percebemos que a grande maioria das companhias permanece promovendo as pessoas pela confiança e pela dedicação, em detrimento da formação. É mais uma prova de que formação não é tudo.
Para Maia, no entanto, é necessário que os gestores tenham consciência de que o mercado muda, as exigências mudam, e é necessário estarem preparados. Saber uma segunda língua, diz, é muito importante, e não deve ser deixado para segundo plano.
— Uma das respostas que recebemos, na pergunta sobre segundo idioma, um gerente dizia que, no negócio dele, o que se precisa saber mesmo é o ‘oxente’, que é o que o povo fala, não inglês. Mas ele não sabe o que o espera em 2014, por exemplo. Muitas vezes, o profissional acaba perdendo oportunidades por ficar acomodado e não ir buscar conhecimento — afirma.
A pesquisa mostra que apenas 18% dos gerentes avaliam que seu gestor é um exemplo a ser seguido, enquanto 26% não estão satisfeitos com o gestor imediato. De acordo com Maia, isso demonstra a dificuldade de formação de líderes no mercado atual. Ele afirma que o dado não está diretamente relacionado às áreas abrangidas pela pesquisa. Para Maia, o gerente tem o desafio de interpretar dois personagens distintos, o que, ressalta, nenhuma escola ensina:
— O gerente fica numa espécie de limbo profissional: é muito cobrado pelos seus superiores, mas não recebe incentivo suficiente. Ao mesmo tempo, tem que se esforçar para estar bem com seus subordinados. E, mesmo que esteja desanimado, não pode deixar isso contaminar a equipe dele.
Maioria acha que maior problema de suas equipes é comportamento
O estudo mostra, também, que 64% dos gerentes acreditam que o maior problema de sua equipe é de origem comportamental, enquanto apenas 36% dizem ser de origem técnica. Do total de gerentes entrevistados, 42% acham que a principal carência de sua equipe é o treinamento, enquanto 33% acham que a deficiência está no quesito pessoas e 25% afirmam que está ligada aos processos internos ou à falta de tecnologia.
— Para os gestores da área de vendas, os resultados são o fator que determina a permanência deles no cargo e seu crescimento na empresa, no âmbito financeiro. Embora a busca por qualificação tenha sido ampliada, a maioria opta por treinamentos corporativos específicos e pontuais, em detrimento dos cursos tradicionais de formação (graduação e pós-graduação) — conta Maia.
Por outro lado, 77% dos gerentes entrevistados estão satisfeitos com as equipes que dirigem e 23% se dizem insatisfeitos. Para testar o estilo de gestão, o CDPV questionou os gerentes sobre em qual competidor apostariam, caso estivessem numa corrida de cavalos, e 69% disseram que apostariam no que treina mais. Vinte e cinco por cento dos gestores apostariam no que fez o melhor treino e apenas 6% responderam que apostariam no mais famoso ou no azarão.
A pesquisa do Grupo CDPV foi feita com 382 gerentes, entre os dias 10 de dezembro de 2011 e 10 de janeiro de 2012. Entre os profissionais pesquisados, 29% trabalham em empresas com mais de 500 funcionários; 38%, em companhias com poucos funcionários (entre 21 e 50) e 13% lideram equipes em empresas com até 20 funcionários. A maior parte dos gestores (73%) são homens e 85% têm entre 26 e 55 anos.
Segundo Diego Maia, presidente do Grupo CDPV, os resultados relativos à escolaridade não surpreendem:
— Percebemos que a grande maioria das companhias permanece promovendo as pessoas pela confiança e pela dedicação, em detrimento da formação. É mais uma prova de que formação não é tudo.
Para Maia, no entanto, é necessário que os gestores tenham consciência de que o mercado muda, as exigências mudam, e é necessário estarem preparados. Saber uma segunda língua, diz, é muito importante, e não deve ser deixado para segundo plano.
— Uma das respostas que recebemos, na pergunta sobre segundo idioma, um gerente dizia que, no negócio dele, o que se precisa saber mesmo é o ‘oxente’, que é o que o povo fala, não inglês. Mas ele não sabe o que o espera em 2014, por exemplo. Muitas vezes, o profissional acaba perdendo oportunidades por ficar acomodado e não ir buscar conhecimento — afirma.
A pesquisa mostra que apenas 18% dos gerentes avaliam que seu gestor é um exemplo a ser seguido, enquanto 26% não estão satisfeitos com o gestor imediato. De acordo com Maia, isso demonstra a dificuldade de formação de líderes no mercado atual. Ele afirma que o dado não está diretamente relacionado às áreas abrangidas pela pesquisa. Para Maia, o gerente tem o desafio de interpretar dois personagens distintos, o que, ressalta, nenhuma escola ensina:
— O gerente fica numa espécie de limbo profissional: é muito cobrado pelos seus superiores, mas não recebe incentivo suficiente. Ao mesmo tempo, tem que se esforçar para estar bem com seus subordinados. E, mesmo que esteja desanimado, não pode deixar isso contaminar a equipe dele.
Maioria acha que maior problema de suas equipes é comportamento
O estudo mostra, também, que 64% dos gerentes acreditam que o maior problema de sua equipe é de origem comportamental, enquanto apenas 36% dizem ser de origem técnica. Do total de gerentes entrevistados, 42% acham que a principal carência de sua equipe é o treinamento, enquanto 33% acham que a deficiência está no quesito pessoas e 25% afirmam que está ligada aos processos internos ou à falta de tecnologia.
— Para os gestores da área de vendas, os resultados são o fator que determina a permanência deles no cargo e seu crescimento na empresa, no âmbito financeiro. Embora a busca por qualificação tenha sido ampliada, a maioria opta por treinamentos corporativos específicos e pontuais, em detrimento dos cursos tradicionais de formação (graduação e pós-graduação) — conta Maia.
Por outro lado, 77% dos gerentes entrevistados estão satisfeitos com as equipes que dirigem e 23% se dizem insatisfeitos. Para testar o estilo de gestão, o CDPV questionou os gerentes sobre em qual competidor apostariam, caso estivessem numa corrida de cavalos, e 69% disseram que apostariam no que treina mais. Vinte e cinco por cento dos gestores apostariam no que fez o melhor treino e apenas 6% responderam que apostariam no mais famoso ou no azarão.
A pesquisa do Grupo CDPV foi feita com 382 gerentes, entre os dias 10 de dezembro de 2011 e 10 de janeiro de 2012. Entre os profissionais pesquisados, 29% trabalham em empresas com mais de 500 funcionários; 38%, em companhias com poucos funcionários (entre 21 e 50) e 13% lideram equipes em empresas com até 20 funcionários. A maior parte dos gestores (73%) são homens e 85% têm entre 26 e 55 anos.
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