24 de junho de 2011 Educação no Brasil | O Povo - Últimas | Opinião | CE Regina Ribeiro - Editora das Edições Demócrito Rochareginah_ribeiro@yahoo.com.br No início deste ano, li uma notícia que me surpreendeu. Uma garota de 12 anos conseguia dinheiro de outras meninas e lhes tomava a roupa íntima ameaçando as vítimas com um suposto parentesco com alguém do Comando Vermelho. Até que o pai de uma das meninas ameaçadas decidiu falar com um policial. Feita a investigação, não havia nenhuma relação entre a garota e o Comando Vermelho. Na escola, a menina foi ouvida e disse que tinha "inveja das colegas". Por isso o plano de infernizá-las.Há mais ou menos dez dias, li sobre um garoto que morreu após comer biscoitos envenenados na escola. Na verdade, duas meninas de 12 anos haviam mandado o presentinho da madrasta da Branca de Neve para outras duas garotas com quem tinham rixa depois de uma discussão. O emissário, antes de entregar a encomenda, decidiu provar os biscoitos. Morreu. E não haverá beijo de princesa que o acorde do sono. A manchete do jornal da última quarta-feira é um choque. Uma moça de 17 anos mata com uma facada no coração a colega de classe e fere a irmã da garota morta. Se a gente conversa com qualquer professor da rede pública de ensino vai ouvir deles extensos relatórios de situações onde a possibilidade de violência por parte dos adolescentes é real.O medo é uma constante. São adultos que se sentem coagidos, sem saber o que fazer diante de uma adolescência cuja rebeldia parece ter sido substituída por uma violência tal que despreza o outro a ponto de planejar e executar sua morte. Parece que a violência física é algo tão ameaçador dentro das escolas, principalmente as públicas, que insultos, palavrões, xingamentos endereçados à mãe e aos professores passam a ser tolerados como um mal menor. Chega a ser incompreensível que crianças e adolescentes despejem sobre professores e colegas impropérios verbais de toda sorte e que se armem para resolver problemas. Causa espanto a ausência completa de noção de como muitos desses meninos e meninas não conseguem lidar com suas emoções. Tudo isso pode ser um sinal de que os adultos em redor deles - pais e professores - estejam muito perdidos. Em todo caso, a violência exposta no ambiente escolar merece atenção e exige cuidados mais urgentes. |
24 de junho de 2011
O caso dos meninos armados
Postado por
jorge werthein
às
09:29
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