03 de março de 2012 Diário Catarinense | Editorial | SC
A escalada da criminalidade em Santa Catarina dispara. Outrora considerado um exemplo de segurança e paz social, o Estado hoje vive em sobressalto enquanto as estatísticas policiais referentes a quase todas as tipificações delituosas disparam. E, como ocorre no país inteiro, também aqui a maré montante da violência não mais se limita aos centros urbanos de maior porte, mas engolfa, igualmente, pequenas cidades do interior. Esta nova e preocupante realidade foi conferida pelo estudo intitulado Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros, realizado pelos ministérios da Justiça e da Saúde em parceria com o Instituto Sangari.
A escalada da criminalidade em Santa Catarina dispara. Outrora considerado um exemplo de segurança e paz social, o Estado hoje vive em sobressalto enquanto as estatísticas policiais referentes a quase todas as tipificações delituosas disparam. E, como ocorre no país inteiro, também aqui a maré montante da violência não mais se limita aos centros urbanos de maior porte, mas engolfa, igualmente, pequenas cidades do interior. Esta nova e preocupante realidade foi conferida pelo estudo intitulado Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros, realizado pelos ministérios da Justiça e da Saúde em parceria com o Instituto Sangari.
Em tempos recentes, uma nova modalidade de crime elegeu como alvo prioritário as pequenas comunidades interioranas catarinenses: a explosão de caixas bancários eletrônicos com o uso de dinamite. Quinta-feira à noite ocorreu o 54º ataque a esses equipamentos no Estado nos últimos sete meses. Desta feita, dentro de uma agência bancária no município de São José do Cedro, no Extremo-Oeste. Doze assaltantes fortemente armados tirotearam com a PM e um policial foi ferido com um tiro de fuzil. Ação típica de quadrilhas organizadas, que no mesmo dia já haviam explodido outra agência, em Antônio Carlos, na Grande Florianópolis, e cortado com maçarico dois caixas eletrônicos em Leoberto Leal, no Vale do Rio Tijucas.
As autoridades responsáveis pela Segurança Pública devem explicações à sociedade catarinense. Aliás, mais do que explicações, devem ações eficazes para identificar e prender essas quadrilhas, que agem com audácia e desenvoltura cada vez maiores na prática de crime semelhante a um ato terrorista. A escassez de efetivos policiais não pode ser aceita como explicação. Repita-se: há, principalmente, falta de estratégias que unifiquem as ações policiais e apertem o cerco aos delinquentes. Um eficaz trabalho de inteligência é também imprescindível. Mais ação, menos conversa. A impunidade do malfeitor multiplica o malfeito.
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