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Novos dados de pesquisa revelam crescimento da violência em 950% no Amapá
A pesquisa “Mapa da Violência 2012, os novos padrões da violência homicida no Brasil, divulgada recentemente pelo Instituto Sangari serve para reforçar o que outros trabalhos de campo já diziam sobre esta onda crescente no Amapá. Semana passada, o Jornal do Povo Zona Norte estampou como manchete de capa o resultado de duas destas pesquisas, uma nacional e outra internacional colocando o estado em destaque no ranking de mortes.
Agora, este mapeamento revela que em 30 anos houve um crescimento percentual de 950% na taxa de assassinatos nos municípios amapaenses que passou de 2,4 por grupo de 100 mil habitantes, em 1980, para 25,2 em 2010. Macapá, tida como a 36ª cidade mais violenta do planeta por um instituto mexicano de pesquisas segue na frente. Atrás estão Porto Grande, Laranjal do Jari e Santana. A coordenação da pesquisa é do sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, que destacou a 5º colocação do Amapá no ranking da violência nacional, com a taxa de assassinatos de 38,7 por grupo de 100 mil habitantes.
Há dez anos, segundo o pesquisador, os municípios que aparecem hoje na pesquisa, não pontuavam qualquer taxa, situação que mudou drasticamente na última década. Santana, por exemplo, com 101.262 habitantes, de acordo com o IBGE, registrava em 2000, nada menos que 21 homicídios. Em 2010, este total foi para 30. Laranjal do Jari com seus 39.942 habitantes, não registrou nenhuma morte violenta em 2000. Em 2010 foram 14 assassinatos. Porto Grande tem 16.809 habitantes pulou de 0 para 7 homicídios de 2000 a 2010. Em Macapá, o ano de 2000 teve 131 mortes violentas em 2000. Em 2010 foram 195.
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