15 de agosto de 2010

O desafio da educação


Pouco mais da metade da população é alfabetizada

Ao abrir tantas oportunidades de negócios para estrangeiros, o Marrocos tenta, paradoxalmente, manter em seu próprio território, graças à oferta de novos empregos, sua força de trabalho -jovens que precisam ser educados e treinados para o mercado. Não é à toa que há um ministério para cuidar da Comunidade Marroquina no Exterior: segundo dados oficiais, pelo menos 4 milhões de pessoas - cerca de 13% da população - vivem fora do reino. Somente na cidade do Rio, são mais de 400 famílias. No total, estimase que dez mil marroquinos vivam no Brasil. São esses emigrantes espalhados por todo o mundo que enviam de volta ao país de 15% a 20% do PIB anual, estimado, em 2009, em US$ 152 bilhões.

O grande desafio que o país ainda tem de enfrentar - depois do Código Civil de 2004, que aproximou os direitos das mulheres aos dos homens - é justamente a educação: segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) de 2009, somente 55% da população é alfabetizada. No entanto, esse índice era de 30% na década de 1980. A melhoria da educação nas duas últimas décadas, com destaque para a inclusão das mulheres, garantiu ao Marrocos um aumento do IDH crescente e acima da média dos demais países: passou de 0,473, em 1980, para 0,654, em 2007. Se mantiver esta taxa de crescimento, o Marrocos tem chances de entrar, em 2020, para o seleto grupo de nações de alto desenvolvimento humano (IDH acima de 0,800).

O Globo

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