Uma pesquisa feita com estudantes até 17 anos da rede pública de , uma parcela menor se declara lésbica e nenhum se declara travesti.A não declaração, de acordo com a pesquisa, é resultado do preconceito contra os homossexuais e a falta de preparo dos professores e as autoridades na área da educação.
"De um modo geral,não existe educação sexual sendo realizada de forma sistemática nas escolas. Quando existe, é pontual, para responder alguma dúvida do aluno e os professores não abordam a questão da diversidade", analisou a doutora em Educação e responsável pela pesquisa MargaritaDiaz." Todo mundo conhece algum LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis ), mas nunca ele está dentro da escola", completouela,que representa a instituição Reprolatina, responsável pela pesquisa.
A explicação das escolas para a usência de travestis, segundo os pesquisadores, é o fato da pesquisa não ter como alvo instituições de ensino médio.
Entretanto, os dados mostram que a "organização da escola, com suas normas e regras, não permitem a presença da travesti nesse ambiente".
Entre os educadores,chamou a atenção a culpabilização dos homossexuais. Numa entrevista, um professor disse "não quero ser injusto, mas tem uns (homossexuais) que querem chocar".
A questão religiosa também foi citada como causa da falta de uma educação sexual que leve em conta a diversidade.
Coordenador do Programa Rio sem Homofobia, Cláudio Nascimento explica que a pesquisa servirá como base para a elaboração de políticas públicas contra a homofobia em todo o país. "Vamos realizar um seminário para a discussão e planejamento de políticas".
Ao todo, foram ouvidas 1406 pessoas em todo o país.Em cada cidade,134 pessoas de quatro escolas foram entrevistados. As capitais analisadas foram: Manaus (AM), Porto Velho (RO), Natal (RN),Recife (PE),Cuiabá (MT), Goiânia (GO), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS). (AE)
Jornal do Comercio
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