19 de junho de 2011

Sexo começa cedo para os brasileiros


19 de junho de 2011
Educação no Brasil | O Liberal | PA

Adolescência

Metade dos jovens tem a primeira relação sexual antes dos 15 anos
Cerca de 50% dos adolescentes do Brasil começam a ter a relação sexual antes de completar os 15 anos de idade. É o que conclui a doutora em Psicologia da Educação e pesquisadora da Universidade Federal do Pará (UFPA) Ivany Pinto, ao comparar dados de pesquisas relacionadas ao desenvolvimento do ser humano. A estatística é alarmante quando levada em consideração a segurança do sexo entre os adolescentes. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (Pense), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2009, dos jovens que iniciaram a sua vida sexual antes dos 15 anos, mais de 24% afirmaram não ter usado preservativo na primeira relação sexual. Para a psicóloga, os pais devem ficar atentos aos filhos que estão se tornando pessoas adultas mais cedo e não jogar a responsabilidade da educação sexual para a escola. É deles o papel de explicar para os filhos o que pode e o que não pode, em função do que seja adequado à idade.
A Pense 2009 revelou também que dos adolescentes que tiveram a inciação sexual precoce, os meninos estão em maior número percentual: 43,7%; enquanto que entre as meninas, apenas 18,7% começaram a ter relações sexuais antes dos 15 anos. O mesmo estudo apontou que a iniciação sexual precoce está associada ao não uso, ou uso inadequado de preservativos e suas consequências (gravidez precoce, DST/Aids). Nas escolas públicas, foram constatados mais alunos que já iniciaram a sua vida sexual (33,1%) comparados aos das escolas privadas (20,8%). Tais números evidenciam que o sexo está mais presente entre os jovens que se possa imaginar e a perguntam que se faz é: Que tipo de orientação sexual estes adolescentes tem? Onde eles buscam informações para a pratica do sexo seguro?
O fato é que este assunto deve ser tratado de maneira conjunta entre pais, professores, pedagogos e psicólogos preocupados com formação dos jovens. O que ainda não é uma realidade no Brasil, onde a maioria dos jovens prefere conversar sobre sexo com os amigos, na internet, por meio das salas de bate papo e sites de relacionamento, ou em rodas de conversa. Um ponto positivo levantado pela pesquisadora é que falar de sexo, hoje, não implica mais em tabus para a grande maioria dos pais, mas as difilculdades ainda existem. "Os filhos adolescentes preferem conversar sobre sexo com os amigos, pois eles se sentem mais à vontade para falar e trocar idéias. Com os pais, a conversa é diferente, ela fica mais no plano superficial se compararmos com a conversa que eles têm com os amigos", reforçou Ivany.

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